terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Minha Humilde Opinião sobre escolher namoradas(os)

     Eu nunca acreditei que poderia haver alguém perfeito pra ninguém, pra mim a pessoa perfeita nunca foi uma pessoa sem defeitos, mas sim uma pessoa capaz de conhecer seus defeitos, se adaptar e conviver com eles. Eu já pensava assim muito antes de ter uma namorada, qualquer namorada, mas o tempo e a experiência me fizeram potencializar essa idéia. Realmente não existe gente perfeita, consequentemente não tem como duas pessoas imperfeitas se unirem em algo perfeito, sendo assim não existe nem jamais existirá um casal perfeito. Mas quem sabe não se possa chegar perto.
     Bem o primeiro e crucial ponto para o inicio de um casal no mínimo bem sucedido é a escolha (mutua) dos integrantes desse casal, existem três pontos de suma importância para o bom andamento de um casal que deve se levar em conta quando se escolhe um parceiro, lembrando É CLARO, que eu não sou e jamais serei o dono da verdade, sendo assim o fato de eu estar escrevendo isso não necessariamente significa que você não vá ser feliz com uma pessoa diferente do que eu disser  nem que você encontrou seu par perfeito e vai viver num castelo encantado porque seu par é idêntico ao que eu falei, mas tente prestar atenção assim mesmo.

Ponto Um: Escolha Uma Pessoa Religiosamente Compatível com Você.

     É muito difícil conciliar idéias sobre diversas coisas para um casal, lugar onde comer, a hora que vão sair, com quem vão e isso tudo pode ser discutido, mas religião é algo infinitamente mais complexo. Seu objetivo em um namoro deve ser conhecer mais a fundo uma pessoa afim de descobrir se esse relacionamento teria futuro em um matrimônio e o matrimônio é um sacramento no qual dois se tornam um.
     Duas pessoas, um corpo, com uma só carne e um corpo não pode seguir por dois lugares ao mesmo tempo. Não se pode ir para a direita e para a esquerda. Mesmo que vocês sejam da mesma religião ainda pode existir uma diferença de compromisso, alguns buscam águas profundas enquanto outros só querem brincar nas margens. Isso causa distância, e uma hora alguém vai ter que ceder, que seja o da margem então, se for o contrario é hora de sair fora, pois o primeiro amor que se deve buscar é O Primeiro Amor, aquele que te amou desde o ventre de tua mãe, aquele amor que abre mão de reinos por ti e abre mares pra que possa atravessar.
     Depois de agradar ao pai do amor perfeito você saberá o que Ele espera de ti, e se for um matrimônio você saberá esperar pela pessoa certa pelo tempo que for, pois os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre. Mas não poupe esforços para levar alguém ao alto mar, independente de qualquer relacionamento amoroso ou não, essa é a sua missão de cristão.

Ponto Dois: Escolha Uma Pessoa Com quem você goste de conversar.

     A ausência do diálogo é a causa de muitos namoros não darem certo, muitos casais passam anos juntos sem se conhecerem de verdade, não basta saber o nome e a idade para saber se gosta ou não de uma pessoa. Falem sobre economia, sociologia, filosofia, astronomia, botânica, arquitetura, história, paisagismo, etc.
     Assunto é o que não falta. Se essa for a pessoa certa para você não vão faltar momentos para beijos e abraços ao longo de suas vidas, pra que correr o risco de beijar um sapo a toa se você pode perder alguns minutinhos numa conversa, com certeza é bem mais prático. O que você prefere ter no seu histórico:
     -Hãn, aquele lá, é um garoto com quem eu fiquei, ele é um escroto!
Ou:
     - Hãn, aquele lá, é um garoto com quem eu conversei uma vez, não achei ele confiável não.
     E vice e verso pros garotos, enfim, quando você namora uma pessoa com quem gosta de conversar vocês conseguem ir a qualquer lugar juntos, não precisam estar agarrados quase se engolindo o tempo todo pois podem se divertir só conversando e ao mesmo tempo criam cada vez mais intimidade, se conhecem melhor, começam a saber o que o outro está pensando sem que ele precise falar nada.
     Obviamente, ninguém é obrigado a saber tudo, sendo assim em algum momento irão se deparar com assuntos que não podem ser “conversados”, mas porque não ensinar? Meninas não precisam ser conhecedoras de games e quadrinhos e meninos não precisam saber pra que serve um deliniador ou um rimel, mas quem falou que conhecimento é demais. Vamos viver juntos  compartilhar conhecimentos e nos tornar melhores a cada dia. Vai chegar um dia na sua vida no qual conversar vai ser a única coisa que você vai conseguir fazer com seu parceiro, nesse momento a sua escolha vai fazer toda a diferença.

Ponto Três: Escolha uma pessoa que te atraia.

Naturalmente uns engraçadinhos vão dizer: - Então eu quero a Juliana Paes.
Enquanto outros vão dizer: - Não eu quero uma bem baranga!
     Mas isso tudo é porque a visão de beleza do nosso tempo está distorcida. Você não precisa de uma pessoa que te faça virar o pescoço e encolher a barriga quando passa, você não precisa de uma pessoa que te faça ter que brigar com alguém sempre que saem juntos e você com certeza não precisa de alguém pra te encher de tesão e desejo pos isso tudo é passageiro, vem e vai embora, pode ser esquecido ou ficar ultrapassado.
    O que você precisa é de alguém com mãos que se encaixem nas suas de uma forma única, o que você precisa é de alguém que te olhe nos olhos e faça parecer que o mundo parou de rodar, o que você precisa é de alguém com um sorriso que te faça querer se tornar um palhaço para torna-lo eterno.
     O que você precisa é de alguém com um abraço tão perfeito, mas tão perfeitamente desenhado nas mínimas curvas que torne praticamente doloroso se separar da pessoa. Você precisa de alguém com quem você possa ficar em silêncio, observando, como se nada mais importasse. Alguém com quem você tenha a certeza que vai querer acordar daqui a 60 anos, mesmo que ela esteja com os cabelos brancos e desgrenhados e alguns dentes a menos.
     Essa sim, essa é a pessoa que te atraia, não com os olhos do corpo, os olhos famintos que procuram a toda hora algo para devorar, mas com os olhos do coração que só querem alguém a quem dar abrigo. Prá sempre.
Mas, essa é só a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Consequências do Namoro


   Como cristãos, somos chamados a viver uma constante evangelização, seja em meio a nossas famílias, no colégio, no trabalho ou simplesmente andando pelas ruas. São Francisco de Assis já dizia: "É necessário evangelizar a todo instante, se for preciso até com palavras". Quando acertamos, acertamos com todos aqueles que de alguma forma influenciariam naquela vitória, quando erramos, também levamos conosco todos os membros de nossa vida que poderiam/deveriam nos influenciar para que não errássemos. É esse o peso de ser cristão! O de saber que será julgado em suas quedas como um representante do Cristo, aquele que não erra (2 Coríntios 5:20). É um peso muito grande para suportarmos, mas que nos ajuda a vigiar nossa conduta para fazer jus a esse título.

    Partindo deste pensamento gostaria que refletíssemos sobre um aspecto da vida do cristão que algumas vezes é negligenciado: o namoro. Algumas vezes, me deparo com jovens dizendo que não vêem necessidade de receberem nenhum tipo de formação ou aconselhamento, pois afinal o namoro não é um sacramento. Acontece que isso não diminui seu significado, afinal ele também não é um estado civil, não é um emprego e nem uma matéria escolar e apesar disso continua sendo exercido por gerações. O namoro é uma etapa da vida, não uma condição de vida como algumas pessoas pensam, pois ao contrário da condição esta etapa é passageira. Sendo ele uma etapa, após cumprir seu papel é ultrapassada e leva quem a viveu para outro nível de vida, ou o faz voltar a etapa anterior, isso pode variar de caso para caso. Entretanto, seja qual for o caso, ele precisa de regras, parâmetros e metas, ou se torna um ato sem propósito, logo, fadado ao fracasso.

    Todo sacramento é precedido de uma preparação: a comunhão tem a catequese assim como a crisma, a ordenação tem seu tempo no seminário, e o casamento por sua vez, tem duas etapas de preparação, sua fase mais séria que é o noivado, onde as coisas começam a ficar um pouco mais definitivas, e a fase do namoro, que não deve ser vista com menos seriedade mesmo sendo uma fase tão inicial no relacionamento. É durante esse tempo que é criada a identidade do casal e é nela que brotam os primeiros frutos da união e apenas o vivendo bem é possível avançar com segurança para o próximo passo.

    Para que se observe se um namoro caminha de forma acertada é preciso estar atento a alguns pontos, como os citados abaixo.

1- Esse namoro me aproxima de Deus?

     Qualquer atitude da minha vida, seja uma amizade ou um trabalho que me façam recuar na minha fé, não estão de acordo com a vontade do Senhor. Se em um namoro se percebe a existência de brigas ou desentendimentos por conta da fé de uma das partes ou até por ambas as partes, esse namoro precisa ser revisto, afinal, uma pessoa não pode caminhar por duas estradas. Como poderiam dois, sendo uma só carne caminharem separadamente? ''Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo'' (Amos 3:3)
Quem ama quer o melhor para a pessoa amada, e o melhor sempre é estar com Deus, só Ele tem o verdadeiro amor. Se você não tem um namoro aos pés da cruz não poderá cobrar um paraíso no casamento.

2- Esse namoro me aproxima dos meus parentes e amigos?

     Obviamente o casal precisa passar tempo junto para se conhecer, mas isso não significa se isolar do resto do mundo, você pode aprender muito sobre seu par com os pais, irmãos e amigos, afinal, essas pessoas convivem muito mais com o mesmo. Observando o relacionamento deles você tem uma prévia daquilo que viverá em sua casa, caso venha a se casar com essa pessoa. Ela arruma o próprio quarto? Respeita os pais? Sabe dar bons conselhos aos amigos? Se a resposta for sim, estamos no caminho certo. Assim também conhecer a forma como você se da com seus irmãos, vizinhos e até a forma como seus pais se tratam ajudará a pessoa a ter uma noção sobre como será tratada no futuro.
Mas não se esqueça, mesmo que a princípio tudo pareça um mar de rosas não pense que já é o suficiente, as aparências enganam, todos tentam passar por perfeitos no começo, mas ninguém consegue fingir o tempo todo. Por isso também a importância de se fazer presente, sem tentar parecer o que não é. Pessoas são imperfeitas, esconder defeitos hoje leva a esconder outras coisas no futuro.

3- Esse namoro me torna uma pessoa melhor?

     Pergunta complexa não é? O que é uma pessoa melhor? No dia em que vão se encontrar você se arruma mais? Se sente mais confiante? Se sente mais feliz por lembrar que vão se encontrar? Ainda é pouco! Mas já é algo. Os assuntos que vocês conversam são relevantes ou só papo furado? Vocês se incentivam em relação ao trabalho, estudos e projetos para o futuro? Está melhorando. Você aprende, ensina, repensa opiniões que você já tinha como definitivas e consegue tirar proveito de cada encontro de vocês? Não usam seu tempo juntos apenas para se beijarem mas REALMENTE para se conhecerem? Bem, então esse namoro te faz uma pessoa melhor. Parabéns! E digo isso porque independente do fato dele se tornar um casamento ou não, você nunca poderá dizer que perdeu seu tempo com alguém, pois você estava ganhando.

4- Somos parceiros na hora das decisões?

   "Amar ao próximo como a ti mesmo" às vezes significa abrir mão de coisas que você considera importante por coisas que são importantes para o casal. É preciso criar um equilíbrio, saber qual festa de qual amigo é mais importante quando as duas são no mesmo dia, no mesmo horário e cada um é amigo de apenas um membro do casal. Tomar essa decisão pode ser a receita para uma briga ou pode unir vocês ainda mais, o desfecho vai depender da sua capacidade de olhar as necessidades de cada um, ver prioridades e saber dizer sim ou não. Saber tomar esse tipo de decisão com maturidade irá poupá-los de muitas brigas desnecessárias e fará com que aproveitem melhor seu tempo juntos. Essa capacidade, obviamente, vem com o tempo, mas buscá-la desde o início do relacionamento é crucial. Não se trata de fazer tudo que o outro quer, mas de verdadeiramente entrar em um consenso, sem que nenhuma das partes fique ressentida ou menosprezada. Sinceramente, isso é uma arte, mas vale à pena.

     Observando esses itens podemos descobrir se nossa visão de namoro tem sido vivida da forma correta ou se temos deixado que os desejos e as aparências nos afastem do real motivo dessa união, afinal, o namoro não existe para sanar suas carências afetivas, ser divulgado nas redes sociais, exibido entre as(os) amigas(os) ou bancar caprichos, existe para dar ao casal uma chance de conhecer seus espíritos, antes de conhecer seus corpos, mas essa é só a minha visão, Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Recato


     Namorar é bom, em qualquer parte do mundo, seja qual for o contexto cultural ou a crença, namorar é bom, eu já disse isso e continuarei dizendo enquanto tiver forças, pos uma coisa que não é boa não viria sendo feita de geração em geração desde os primórdios da convivência comunitária da espécie por livre e espontânea vontade, e em algumas vezes até contra a vontade de influências superiores da sociedade. Se não fosse bom, nós não estaríamos aqui agora, nem eu escrevendo e nem você lendo, mas se estamos, foi porque um homem e uma mulher em algum momento da história, namoraram. Mas como todas as coisas boas que existem no mundo o namoro também possui um local e um tempo apropriados. E existem situações que devem ser evitadas.
     As refeições tem momentos no dia para serem realizadas e se possível em locais higienizados adequadamente, não se estuda álgebra em meio a um baile funk na madrugada e não se tira um cochilo no meio de uma partida de futebol quando se é o goleiro. Seguindo essa linha de raciocínio, imaginasse que quando se namora, um namoro compromissado e com propósito (não apenas uma troca de carícias que busca satisfazer os próprios desejos carnais e posteriormente dispensar o outro como um objeto descartável que já cumpriu seu objetivo), existem pré requisitos a serem considerados já que algumas vezes carinhos que são simples demonstrações de afeto se confundem com carícias que são comportamentos reservados para casais que já contraíram o matrimônio.
      Nos ultimos tempos nossos casais têm se mostrado excessivamente à vontade em público para exercer comportamentos que beiram a pornografia, já fui surpreendido ao ver em praças públicas seres quiméricos em uma fusão que tornava impossível descobrir onde um começava e o outro terminava. Mãos em coisas, coisas em mãos, movimentos pélvicos e respirações ofegantes. Esses não são comportamentos que uma pessoa que se reconhece como templo do Espírito Santo teria em público, e isso independente de ser ou não casado com a outra pessoa.
     Certa vez uma família estava no carro, os pais sentados na frente, e a grande prole atrás. Quando estavam parados num farol vermelho, uma das crianças apontou para uma cena que atraíra sua atenção. Ao lado do carro, na calçada, estava um casal jovem engajado numa demonstração pública de afeição. As crianças expressaram sua desaprovação, gritando “Uuuuuu!” e com chamados de “Eca!”, o sábio pai dessas crianças que tinham rotulado um ato de amor como nojento aproveitou a chance de ensinar-lhes uma lição de vida. “Não é nojento,” disse ele aos filhos, “Apenas estão no lugar errado”.
     Algumas coisas devem ser feitas em particular. Não porque seja nojento, mas porque são preciosas, e não devem acontecer na rua. Há casais que ninguém jamais verá se tocando, mas qualquer um pode ver o profundo amor que partilham. Isto está refletido na maneira de conversarem, de olharem um para o outro, e da maneira de falarem sobre o outro. Quando um casal está seguro de seu amor mútuo, não sente necessidade de demonstrar afeição a outros fora do relacionamento. E mesmo assim todos, incluindo os filhos, saberão que o amor está ali. A afeição física é mais poderosa quando é mantida reservada, em local correto.
     Qualquer homem pode exitar uma mulher, assim como qualquer mulher possui meios de levar um homem a um estado de excitação, mas apenas O Homem e A Mulher certos são capazes de fazer o outro se sentir amado com apenas um olhar, aquele olhar único, que dispença todas as palavras, que abre mão de todo toque e é capaz de curar toda dor, secar toda lágrima, derramar lágrimas ou iluminar sorrisos. Um casal que se olha nos olhos com freqüência, que conversa e faz planos se conhece muito mais que um casal que pratica sexo todo dia, porque se preocupa em conhecer a alma do outro e não o corpo. A alma é eterna, o corpo se deteriora e vira poeira.
     O casal Robson e Márcia do CAOV (Centro Arquidiocesano de Orientação Vocacional) de Niterói costuma comentar que na hora de namorar a melhor opção é procurar por locais TIA - Transitados, Iluminados e Arejados. Esse método tem o objetivo de manter o casais contidos e evitar intimidades inadequadas, mas ele só funciona se existir um comprometimento do casal em evita-los. Só funciona quando o casal se da conta que prazer não é sinônimo de amor, assim como piscina não é sinônimo de água, a piscina é um local onde pode haver água, ou não, e quem salta lá sem verificar antes pode acabar se machucando seriamente. No amor conjugal existe prazer, mas não se pode pular etapas, ou alguém acabará se machucando, é preciso viver o pudor e valorizar a beleza do namoro, para que o centro do relacionamento não seja aquilo que o outro proporciona ao seu corpo, mas sim aquilo que os dois podem ofertar a Deus como fruto, mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass:Bruno Santos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Elas são o Diabo.


     Se você, como eu, nasceu por volta da década de 90 e teve acesso a um aparelho de TV, com certeza você já assistiu ao filme "Ela é o diabo" que sempre passava na boa e velha Sessão da Tarde. Por mais que minha mãe exclamasse um "Cruzes, ta amarrado" toda vez que o filme era anunciado, ela nunca me impediu de assisti-lo, hoje, com uma visão (um pouco) mais ampla de mundo, me dou conta da verdadeira importância desse filme na minha vida, por trás da épica cena da casa sendo explodida ou da cômica cena do frustrado jantar de família, estava na minha frente o que seria minha primeira demonstração da ideologia feminista.
     Veja todos os sinais, Ruth (Roseanne Barr) é uma dona de casa frustrada que não leva muito jeito com os afazeres domésticos, ela é oprimida por um marido e dois filhos que não lhe dão valor, após constatar uma traição ela procura uma vingança e começa se libertando das amarras da maternidade e buscando independência, logo ela encontra em outras mulheres os talentos dos quais precisa para seguir com seu plano de destruir todos os ramos da vida de seu ex-marido Bob (Ed Begley Jr.). Até a sequência na qual realiza obras é cuidadosamente pensada para mostrar que as mulheres não precisam dos homens para nada e podem fazer tudo o que eles fazem e até melhor.
     Estou parecendo um caçador de conspirações? Bem, então se preparem pequenos gafanhotos, porque a Ruth existe, mas ela não é UMA mulher insatisfeita, ela é uma classe, uma classe que está disposta a mandar a SUA casa pelos ares para conseguir uma "vingança". Assim como no filme, a primeira etapa é mudar a estrutura familiar, abalar as estruturas, inverter os papeis, quem esta responsável por essa tarefa são líderes de grupos com interesses claramente distintos, mas interrelacionados e superpostos: controladores populacionais, libertadores sexuais, ativistas dos direitos gays, multiculturalistas, promotores do politicamente correto, extremistas ambientais, neomarxistas progressistas e pós modernistas desconstrutivistas. Eu não tenho certeza do que significam metade desses nomes, e talvez eu nem precise saber, mas existe algo sobre o que nós não podemos ter dúvidas, o nome da arma deles. Perspectiva de gênero.
     Essa nova perspectiva busca incorporar na sociedade algumas idéias que, segundo as organizações difusoras, permitiriam igualar as condições de vida e desenvolvimento de todo ser humano independente de seu sexo biológico. Para isso eles propõem a aceitação de uma complicada filosofia na qual alguém não nasce sendo homem ou mulher, mas apenas nasce sendo um ser humano que um dia decidirá o que quer ser e como irá demonstrar o que é, sem que os pais possam interferir ou influenciar nessas escolhas. Aliás, os termos Pai e Mãe, seriam riscados do vocabulário e substituído pelo termo "cuidador", inclusive já existe no Brasil um movimento que busca substituir os dias dos pais e mães por um genérico "Dia de quem cuida de mim" que englobaria não apenas avós, tios e pais adotivos, como também pais e mães homossexuais. A escritora Adriane Rich, uma das incentivadoras desse movimento afirmou em um de seus trabalhos que: "A heterossexualidade, assim como a maternidade, necessita ser reconhecida e estudada como uma instituição política. Em um mundo de genuína igualdade, onde os homens fossem não-opressivos e educados, todos seriam bissexuais".
     Anne Falsto-Sterling, outra ativista da causa, propõe em seu sugestivo livro "Os cinco Sexos: Por que Macho e Fêmea não são Suficientes ", que hermes, mermes e fermes (variações da condição de hermafroditismo) fossem incorporados como novos sexos. Para os membros deste movimento, homem/mulher, masculino/feminino são meramente construções culturais e pensar que a heterossexualidade é a sexualidade natural seria apenas um outro exemplo de uma "construção social 'biologizada'".
     Nesse ponto das minhas pesquisas eu já estava bem chocado, mas ao me deparar com a passagem de Firestone que vem a seguir eu senti meu coração parar: "O tabu do incesto hoje é necessário somente para preservar a família; então, se nós nos desfizermos da família, iremos de fato desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em formas específicas", e só para me matar de vez complementou com " Os tabus sexuais com relações homossexuais ou entre adultos e menores irão desaparecer, assim como as amizades não sexuais, todas as relações próximas irão incluir o físico". Como se não bastasse se infiltrar em nossos lares para tirar a autoridade dos pais, afeminar nossos filhos, masculinizar nossas filhas e abusar deles sexualmente (caso eles não sejam mortos antes, já que também apóiam o aborto), essa quadrilha ainda pretende transformar o mundo em um grande bacanal.
     O feminismo foi necessário à sociedade, foi necessário para mostrar que homens e mulheres tinham os mesmos direitos ao voto, ao exercício da profissão, igual oportunidade de emprego e educação. Precisávamos dele para desfazer um grande erro na aplicação de Efésios 5,22 que dizia para que "As mulheres sejam submissas a seus maridos, como ao Senhor", mas esquecia de dizer o "Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela" de três vercículos depois. Quem ama não é escravo da vontade da ser amado, mas escravo da vontade de vê-lo feliz, e se empenha com todo seu ser para que nada lhe falte. A submissão foi entendida com uma obediência cega que deveria seguir como a Deus, quando deveria ter sido visto como uma entrega a proteção do outro, em quem se deveria confiar, como ao próprio Deus.
    O feminismo saiu dos trilhos quando adquiriu essa radical incapacidade de considerar as diferenças reais e óbvias entre homens e mulheres, homens e mulheres são inteiramente iguais em humanidade, dignidade e direitos, mas diferentes e complementares em natureza. Homens tem músculos mais desenvolvidos, são mais rápidos e mais agressivos, mulheres engravidam, tem ouvidos sensíveis a tons agudos para acordar mais facilmente de noite com o choro do bebê e o choro do recém-nascido causa a produção do leite materno, elas são mais flexíveis e dóceis. Como poder dizer que isso é uma construção social? Como querer que alguém escolha esse tipo de coisa?
     "Sempre" houveram homosexuais em meio a sociedade, e a maioria desses recebeu a orientação sexual condizente ao seu sexo biológico, isso não os impediu de seguir as suas inclinações, isso lhes dá uma escolha. Se tem um pênis é homem, se tem vagina é uma mulher, o uso que a criança dará a esses orgãos no futuro não mudará essa natureza. Não podemos permitir que transformem as escolas em fábricas de andróginos, precisamos dar escolha a eles. Haveriam crianças com inclinações homosexuais, sim, provavelmente, mas quantas heterossexuais seriam coagidas à bissexualidade nesse mundo louco? Não vejo nenhum mal em dizer a um menino que pode brincar com panelinhas nem em dizer a uma menina que pode brincar de carrinhos, mas as diferenças e complementaridades entre os dois deve ser ensinada para que possamos ter fé em um futuro onde as famílias terão seus direitos assegurados e essa é a Minha Humilde Opinião.
    
Ass: Bruno Santos

Fontes:

A Agenda de Gênero - Redefinindo a Igualdade. - Dale O'Leary

http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Androginia

http://beinbetter.wordpress.com/2012/12/21/papa-denuncia-perversidade-de-ideologia-de-genero-para-desespero-da-militancia-gayzista/

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/escolas-de-sp-acabam-com-o-dia-das-maes-e-institui-o-dia-dos-cuidadores-viva-o-fim-da-familia-prefeito-fernando-haddad/

http://ipco.org.br/ipco/noticias/loucura-da-ideologia-de-genero-escola-maternal-na-suecia-proibe-que-criancas-sejam-tratadas-como-meninos-e-meninas#.VBqa0iW5cm8

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sábado, 20 de dezembro de 2014

Voltando Para Casa (Parte II)

Postado no Facebook em:
07/12/2014


Sábado a noite.
Ao contrário do que o Lulu disse, nem todo mundo espera alguma coisa hoje.
Dou como exemplo o motorista do ônibus de onde acabo de descer.
Com certeza ele não saiu de casa hoje esperando levar um tapa na cara de um moleque folgado que acha que a mãe dele é o Santo Graal.

Agora caminhando pela estrada do Bichinho, que diga-se de passagem é um nome extremamente ridículo, passo por jovens usando semi-roupas, que cobrem apenas algumas pequenas partes de seus corpos semi-amadurecidos.

Ao contrário do que eu esperava o movimento é fraco na rua, hoje não tem motos passando para sima e para baixo, não existem fogos e nem figuras imóveis na escuridão. Chego em casa.

Aviso minha namorada e penso em me sentar na varanda para escrever um post para o facebook, mas sou interrompido.
Uma voz vinda de dentro da casa da sentido a quietude da rua.

"Os meninos" estão fazendo uma urgia em uma casa em frente a minha que por estar vazia foi invadida essa semana e agora serve a propósitos que não cabe sitar aqui.

Agora que tudo faz sentido posso me recolher, com o sentimento de que o mundo continua igual.
É realmente um alívio, o que seria de nós se a polícia tivesse feito uma operação por aqui e prendido todos aqueles jovens exemplares?

Voltando Para Casa (Parte I)

Postado no Facebook em:
06/12/2014

Onze e pouca da noite.
Estou voltando pra casa,
Deus sabe de onde.
Como sempre, com pressa,
Peguei o primeiro ônibus que passou
Isso significa quinze minutos a mais de caminhada.
Mas sem problemas, não tenho pressa.

Ao longo do caminho desvio das poças de lama.
Marcas indicam que vacas e porcos passearam por lá ao longo do dia.
Passo pelos bares lotados nessa sexta a noite, não vejo nada que valha apena.

Chego na área das igrejas, nessa rua serão cinco.
Sempre olho para dentro enquanto passo e tento adivinhar o pensamento dos porteiros quando me vêem, "Ovelha perdida, volte pra casa do teu pai, Ele te ama", imagino eu, na melhor das hipóteses.

Algumas estão cheias, algumas não, mas todas fazem bastante barulho.
Se aproxima um grupo de crentes na direção oposta a minha, estão felizes, eu penso se continuaram com os mesmos sorrisos ao encontrarem em suas casas os mesmos problemas que tinham quando saíram.
Será que se lembraram das palavras do pastor? Será que eles ouviram algo?

Quarto mistério, o terço em minha mão direita pede atenção, a reza que comecei ainda dentro do ônibus havia prosseguido de forma tão automática que era equivalente a não estar rezando. Mas eu continuo.

Teria sido melhor rezar pela manhã como sempre.
Mas hoje o ônibus estava tão cheio que mal pude por a mão no bolso para pegar o terço.
Ou talvez essa seja apenas mais uma das minhas desculpas para mim mesmo.

As contas vão passando por meus dedos enquanto motociclistas passam apressados pela rua, subindo e descendo.
Com a operação no Caramujo, o movimento será intenso por aqui hoje.

Todos querem se divertir.
Ultima igreja da rua, antes do ultimo bar.
Estou perto da minha rua agora, não tem nada para se ver por aqui.
Ouço os fogos que anunciam, a boca está aberta.
Termino meu terço.

Chego na minha rua.
Invoco a proteção do arcanjo Miguel.
Formas imóveis na escuridão me observam em silêncio.
Um movimento brusco pode ser meu ultimo.

Cheguei no meu portão.
Atravessei e o tranquei.
Aviso minha namorada que estou em casa com um toque de celular que ela sabe que não deve atender.

Ter orgulho de ser da favela é bonito.
Mas deve ser mais bonito quando se mora no Leblon.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Desmistificando a Infância (Tema da Redação Enem/2014)


     Houve um tempo em que, os que hoje chamamos de crianças, nada mais eram que pequenos adultos, com responsabilidades e deveres. Temos exemplos mais extremos dessa afirmação na China antiga, onde vários imperadores ascenderam ao trono ainda crianças devido à morte do pai. No Brasil, tivemos o jovem Dom Pedro II, que tinha somente cinco anos de idade quando foi instituído herdeiro do trono brasileiro. Podemos citar também a infante Carlota Joaquina, que com 10 anos se casou com Dom João VI, essa em especial tem curiosidades interessantes.
     "Durante a noite de núpcias, a princesa Carlota agrediu o esposo mordendo-lhe fortemente a orelha e atirando em seu rosto um castiçal. Depois desse episódio, foi feito um ato adicional ao contrato de casamento permitindo que Dona Carlota pudesse ter sua primeira relação sexual com o marido aos 14 anos, podendo voltar atrás caso assim ela quisesse, ou seja: se ela quisesse fazer sexo antes dos 14 anos, poderia. Um certo Padre, José Agostinho de Macedo, imprimiu uns folhetos contando esse caso da noite de núpcias de forma brincalhona e sarcástica com o título "O gato que cheirou e não comeu" (…)".  A princesa, indignada com o escrito, mandou dar uma surra de chicote nas nádegas do Padre, despí-lo em praça pública e aplicar uma "seringada" de pimenta do reino no seu clérigo traseiro e depois soltá-lo nu no Bairro das Marafonas. O matrimônio, é claro, foi um fracasso. A vida sexual do casal só começou realmente cinco anos depois, quando Carlota menstruou pela primeira vez". Assim seguia a vida, com pequenos homens e mulheres recebendo desde cedo um peso que ia além de suas forças e, por vezes, os tornavam adultos com sequelas, até que em um belo dia foi inventada uma coisa chamada infância,  e daí por diante, tudo mudou.

     Essa ideia nova dizia que estes pequenos seres eram indefesos, eles precisavam ser protegidos e receber meios para se desenvolverem da melhor forma possível. Assim, lhes foram assegurados direitos e responsabilidades foram delegadas a seus progenitores e responsáveis legais. Entre estes direitos estava o de não ter explorada sua mão de obra (direito esse, que bem sabemos, muitas vezes, em diversos lugares não é respeitado). Essa lei não deixou alegres aqueles que tiravam proveito desta mão de obra barata e abundante, fazendo com que a busca por uma forma de reaver seus lucros se iniciasse.

     Suponho que, pelo fato de já não se poder explorar essa nova classe como mão de obra, surgiu então a idéia de explorá-la como classe consumidora, e assim surgiu o ramo infantil na indústria, que se expande cada vez mais através da Publicidade Infantil. Afinal, se existe um produto a venda, existe uma equipe de marketing tentando tornar esse produto atraente para um determinado grupo. Hoje em dia, os carros-chefe desse mercado são o cinema e a TV, já que estes são os maiores veículos de divulgação dos personagens que mais tarde ilustrarão os brinquedos, roupas, materiais escolares, embalagens de salgadinhos e tudo mais que possa ser colorido e dê a esse ser humano em construção a impressão de precisar deles para ser feliz. Todos querem uma fatia desse bolo, não importando as consequências.

     Todos nós estamos sujeitos às influências da propaganda, que a todo momento nos passam idéias sobre uma beleza e uma felicidade que não são reais. O problema é o dano - este sim real - que essa ilusão pode causar a uma criança que pensa que só será aceita pelos amigos se tiver aquele tênis, que só poderá seguir a carreira de jogador de futebol se tomar aquele achocolatado ou que terá uma vida muito mais interessante depois de conseguir aquele álbum de figurinhas holográficas que brilha no escuro e muda de cor debaixo da água quente ou fria.

     A maior parte dos produtos oferecidos são desnecessários, supérfluos e de baixa qualidade, visivelmente só desejam os lucros, mas não apenas os lucros presentes. Visando lucros futuros, os grandes empresários deste ramo objetivam criar os jovens em uma cultura de consumismo, na qual "quero" e "preciso" se confundem, criando compradores compulsivos. Desta forma, são louváveis as leis que propõem regras para a produção dos conteúdos de publicidade destinado às crianças, a fim de protegê-las, minimizando danos psicológicos e sofrimentos futuros, garantindo que crianças possam ser crianças, e não mais pequenos adultos.

     O tema da redação do ENEM desse ano me deixou meio nostálgico, pensando na minha infância e em todos os momentos felizes que eu passei com personagens poderosos, que cresciam a cada obstáculo que encontravam na vida e se tornavam cada vez mais amigos, fiéis, sábios e etc. Dai ele me fez perceber que no final nas contas o que eles queriam me ensinar mesmo era a comprar os bonecos, álbuns de figurinhas, chicletes e tudo mais que pudesse estampar a imagem deles.
Por um lado uma desilusão, por outro, apenas uma abertura mental que me possibilitou perceber a quanto tempo eu estou inserido neste sistema capitalista, mesmo sem me dar conta. Seja como for, foram bons tempos, mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Revisado por: Caroline Macedo

Fontes:
http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Carlota_Joaquina_de_Bourbon

domingo, 14 de dezembro de 2014

Desvirtualizando


     A muitos anos atrás, Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly disse que "a televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana", provavelmente ele disse isso depois de ver famílias reunidas ao redor dela por horas se abastecendo de informações inúteis, e deixando que isso substituísse o diálogo que existia até então. Eu me pergunto o que ele pensaria sobre o celular hoje em dia.
     Ouve um tempo em que as refeições eram momentos de partilhar os acontecimentos do dia, discutir notícias, trocar experiências. Isso unia a família, formava os mais jovens para ouvir os outros e se expressar. Hoje em dia a hora da refeição é apenas aquela fração de minutos em que você tem de deixar a TV ou a internet para por seu prato, antes de voltar com ele nas mãos para o mesmo lugar, para se alimentar no automático como por uma simples necessidade do corpo, a menos que o prato esteja bonito o suficiente para se tornar um post é claro.
     Existiu uma época na qual quando você queria falar com alguém que morava na sua rua, você ia até o portão da pessoa e gritava o nome dela. Hoje já não existe mais comunicação entre vizinhos, porque quando você passa pela rua está ocupado demais com as atualizações de perfil apitando no seu celular e acaba nem sequer olhando para os lados para oferecer um "Bom dia", algo que é postado todo dia religiosamente.
     Antigamente as pessoas conviviam e por isso conseguiam criar laços de afinidade, até formar grupos, mas grupos de verdade, no qual as pessoas se olhavam olho no olho, algo que olhar uma lente nunca vai substituir. As pessoas riam, gargalhavam, perdiam o fôlego, elas não escreviam "rs" ou "kkk". Ninguém RI falando "kkk"! As pessoas desabafavam, choravam suas magoas e contavam umas com as outras para superarem seus limites, hoje em dia você escreve uma indireta no seu mural e torce para alguém ver e te chamar no chat.
     Conversar com amigos que estão distantes é bom. Mas permitir que isso nos afaste de quem está debaixo do mesmo teto pode te tornar um estranho dentro da sua própria casa. O uso do computador em excesso causa problemas circulatórios, na coluna, na vista, pode causar estresse, principalmente se sua conexão for discada, insônia entre outros. Não deixe que ele fira os seus relacionamentos. Principalmente com sua família. Mas essa, você sabe, é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

É impossível ser feliz sozinho?


     Tom Jobim disse em sua música Wave a frase "é impossível ser feliz sozinho", talvez de propósito, talvez não, esse trecho me recorda de uma frase famosa do poeta John Donne que diz que " nenhum homem é uma ilha isolada". Tanto uma quanto a outra tem o mesmo objetivo, mostrar que as pessoas precisam umas das outras para viverem bem. Existe quem discorde dessa opinião, o que não é o meu caso, então morrem aqui suas esperanças de um texto imparcial.
     Deixo claro que quando falo de solidão eu não me refiro puramente ao relacionamento amoroso, mas de uma convivência interpessoal como um todo, ouvir outras vozes, ser ouvido, concordar, discordar, sentir que não está sozinho. Se bem que sentir solidão e estar sozinho são condições que não necessariamente andam juntas. Tem gente que está só, mas com um diálogo interno tão bom que não sofre, até se diverte sendo boa companhia para si mesmo, pois encontrou sua força pessoal, mas tem gente que mesmo estando no meio da multidão, permanece com uma sensação de ausência, de vazio.
     Entretanto, mesmo as pessoas que conseguem viver bem não estando cercado de pessoas o tempo todo desejam companhia em algum momento, ninguém QUER realmente permanecer sozinho até o fim de sua existência terrena. Nem que para isso recorra a artifícios como animais de estimação ou amigos virtuais. Nem Deus quis ficar só, por isso Ele é três, desde o principio eram o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Se nós somos imagem e semelhança de Deus, também não iriamos querer ficar isolados. Vemos no livro de Gênese que o Senhor declarou, "Não é bom que o homem esteja só".
     Mesmo as pessoas que vivem em clausura para encontrar com Deus de forma mais profunda precisam de um pouco de convivência comunitária pos o próprio Jesus disse que estaria presente quando dois ou mais se unissem em nome d'Ele. Essa é uma das belezas daquilo que chamamos de namoro ou amizade santa, a certeza da constante presença de Deus. O que não te impede de buscar a presença de Deus sozinho, na intimidade do seu quarto por exemplo, mas que será complementado na convivência em comunidade durante a santa missa.
     No fim das contas a questão não é o ser possível ou impossível, mas sim o: por quanto tempo se pode ficar sozinho antes de desenvolver uma patologia? Tristeza, pessimismo, baixa estima e até a depressão são consequências de uma vida solitária. Não devem ser considerados como características da pessoa, não é normal que alguém se prive da convivência por se achar inferior aos outros, não é normal se trancar no banheiro para chorar por não ter alguém com quem desabafar e também não é normal pensar em por fim na própria vida por achar que ela não faz diferença, que não tem importância e que ninguém sentirá falta.
    Cada um de nós é único e insubstituível, temos um papel no meio em que vivemos e devemos assumir esse papel. Em 19 de março de 1964, reuniram-se em São Paulo quase 500 mil pessoas na "Marcha da Família", um protesto contra o presidente João Goulart. Poucos dias depois ele foi deposto. Como estaria o país se cada um desses indivíduos não tivesse tomado a decisão de sair de sua área de conforto e se unir a massa? Como teria acontecido o movimento pró Diretas Já? E a revolta da vacina? Ok, a revolta da vacina não se encaixa tão bem aqui, mas se analisarmos por outro foco, foi um movimento popular que se rebelou contra uma imposição, sendo assim um ato coletivo em defesa da individualidade de não querer tomar uma vacina. Eu teria participado.
     A coletividade também é um meio de criar cultura, uma pessoa pode criar arte, mas ela só se torna cultura no coletivo, uma dança, um estilo musical, um estilo de vida só ganham status sociocultural quando um grupo o assume. Peço perdão pela minha ousadia, mas se você se permitir por um segundo, talvez me dê algum crédito, o nome de Jesus atravessou o oceano e chegou a todos os cantos do planeta, porque ele decidiu viver em unidade com um grupo de pessoas e essas pessoas difundiram seus ensinamentos. Se ele tivesse vindo, nos salvado, ressuscitado e voltado para junto do pai sem falar com ninguém, onde estaríamos agora? Quem saberia o que é ser cristão? Como aceitar aquele que não conhecemos? Se Jesus viveu em comunidade, como posso eu, cristão, achar que não preciso de ninguém? Escolher estar junto pode mudar a história, pratique! Mas essa é, como sempre, apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

E começa a saga Z


     Olá meus queridos amigos que tem acompanhado o trabalho do Blog Minha Humilde Opinião desde o mês de março de 2014, acho que vocês perceberam que tem algo diferente no nosso Blog, sim, nós mudamos de domínio, agora estamos no Blogger, o maior provedor de blogs da atualidade, o motivo da mudança? Bem, digamos que houve um defeito entre a cadeira e a tela do celular que fez todos os textos do antigo blog serem apagados. Por isso começamos do Zero, esse é o significado do Z no nome do blog.
     Eu tenho alguns dos textos antigos salvos e tentarei reposta-los aqui com o tempo, mas enquanto isso, continuo contando com o apoio e a divulgação de vocês. Dizem que os brasileiros não possuem o hábito de ler, mesmo assim eles são os seres humanos que passam mais tempo de suas vidas em frente ao computador. Vamos por esse povo para ler um pouco e tira-los do facebook.
     Meu objetivo com esse blog sempre foi instigar mentes, por as pessoas para pensarem, refletirem, fosse sobre assuntos polêmicos, atualidades ou coisas das quais elas nunca se deram conta. Estarei contando com vocês. digam quais foram seus posts favoritos, quais ajudaram vocês ou te ajudaram a pensar com uma nova perspectiva. Vamos reconstruir o blog, agora muito melhor. Ou pelo menos com um endereço mais fácil de gravar.
     Essa é apenas uma apresentação, mas como sempre deixo aqui a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos