quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Superstição X Tradição

    Segundo o Minidicionário Larousse¹ a palavra "Tradição" significa: s.f. (do lat. traditio). 1. Ato ou efeito de transmitir, entregar. 2. Transmissão, sobretudo oral, de lendas, fatos etc., de geração a geração: tradição brasileira. 4. Transmissão oral ou escrita de valores espirituais; o conjunto desses valores.
     Ou seja, tradições são aquelas coisas que sua família ou comunidade sempre fez e por nostalgia ou por não conseguir pensar em nada melhor você acaba repetindo. Isso não é uma coisa ruim, na verdade isso cria identidade e ajuda a ligar gerações.
     Entretanto, precisamos saber diferenciar Tradição de Superstição e se existe um bom momento para enchergar essa diferença é o fim de ano. A receita de rabanada da sua tataravó que continua sendo feita e apreciada pela família é uma tradição, pois ela, por sí só, tem um significado que conecta a família.
     Por outro lado, aquela sopa de lentilhas que te oferecem dizendo que vai te ajudar a ganhar dinheiro é uma superstição. Você pode comer 500 quilos de lentilha, mas se você não trabalhar vai continuar pobre e ainda pode ter sérios problemas de saúde por causa do excesso. Neste caso o prato nem possui tanta importância, funciona apenas como um “amuleto” que pode ser facilmente substituído.
    No dia 31/12 eu estarei vestido de branco. Seria porque eu acho que isso vai fazer os policiais pararem de matar pobres, o ISIS parar de matar cristãos ou os "Iluminatis" pararem de tramar conspirações globais? Não! Eu estarei vestido de branco por tradição e ao longo do ano tentarei fazer o que estiver ao meu alcance para que a vida seja melhor.
    As tradições de hoje podem se tornar superstições amanhã, mas, a nossa responsabilidade sobre o rumo de nossas vidas não pode se tornar uma crendice cega em pulos sobre ondas ou cores de roupas de baixo. Se queremos um ano de paz devemos trabalhar por um. Se queremos prosperidade devemos investir em nossos dons e sonhos (se seu sonho não for ganhar na mega da virada).
     O ano de 2016 pode ser melhor, mas, ele não terá só partes boas, porque nem sequer um dia de nossas vidas tem só partes boas, imagina 365!? Seja como for, precisamos ser melhores, pois o ano é apenas uma sequência de dias que os humanos contam, por profissão ou por vício, mas a sua vida é feita de pequenos momentos. E essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Fonte: ¹Minidicionário Larousse de Língua Portuguesa. São Paulo: Editora Lafonte, 2009. Pág. 811.

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um CURSO à Sua Vida.

     Então, chegamos nessa época do ano cheios de expectativas. E não estou falando isso por conta das estréias no cinema ou pelo processo de impeachment da presidenta Dilma, a “descobridora” da Mulher Sapiens.
    Essa expectativa vem dos estudantes que consideram essa a melhor parte do ano, que é quando eles não precisam mais estudar, porque o ENEM já passou, e ainda não precisam estar estudando as disciplinas específicas de suas respectivas faculdades, já que ainda não foram aprovados em nenhuma. Esse é o tempo de rever os amigos que acharam que você tinha sido abduzido. De colocar o bronzeado em dia ou por as séries e desenhos em dia, ai varia de caso para caso. Tempo de tirar o pó daquele livro que você comprou sabendo que não iria começar tão cedo por ter pilhas de apostilas, propostas de redações e provas antigas para ler.
    Mas, além disso tudo, esse é o tempo para pensar: O que diabos eu vou fazer depois que passar pra faculdade? Sim amigos, se você achou sacrificante seu esforço para conseguir uma vaga, se prepare para a luta diária que será mantê-la. Entretanto, esse texto não é sobre as dificuldades da vida de um universitário, esse texto é sobre escolhas que poderão mudar o ruma da sua vida. Para melhor ou pior: te fazer ser rico e bem sucedido (tendo em mente que estas duas são coisas diferentes e não necessariamente fazem parte do mesmo pacote) ou te causar frustração e arrependimento (o que não significa que você não irá ganhar dinheiro ou ser bem sucedido).
    Quando você pensa no curso que pretende fazer, você leva em conta quais serão seus ganhos monetários ou o quão realizado pessoalmente você se sentirá por exercer essa profissão? Percebo que as pessoas passam mais tempo tentando ficar ricas que tentando ser felizes, quando na verdade existem centenas de ricos por ai que não são felizes e enfrentam relacionamentos vazios e amizades condicionadas ao status. Percebo pessoas adiando seus sonhos e desejos, sempre se colocando em segundo plano ao invés de serem protagonistas de suas histórias.
    Se deixam levar pelo que dizem as pesquisas sobre as profissões em alta no mercado sem se darem conta que são as pessoas que criam o mercado e que elas são altamente imprevisíveis. Quem poderia imaginar que uma "paleta mexicana" pudesse ser um negócio tão bom? E as "Açaiterias" que brotam por todo canto? Quem diria que uma ideia tão simples pudesse dar tanto retorno? E quem um dia imaginou que gravar e postar vídeos no YouTube poderia ser uma profissão? Uma ideia boa, empenho e dedicação fazem pessoas que só cursaram o primário arrecadarem fortunas que apenas serão administradas por pessoas que estavam na faculdade sonhando com a própria riqueza.
    Não que isso seja uma regra. Mas, nos faz pensar: será que não vale mais a pena correr atrás de um(a) sonho/ideia do que passar anos cursando uma faculdade que "dá dinheiro" para no fim das contas ter um emprego no qual vai ter um chefe te dizendo o que fazer? Levando em conta que não necessariamente este chefe será alguém mais instruído que você, podendo ser simplesmente alguém que está lá a mais tempo e por isso ganhou a confiança da empresa/orgão/ organização/instituição.

"Escolha um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida." Confúcio

    Enfim, o que eu quis te mostrar nesse pequeno texto é que você deve escolher seu curso, não pelo quanto você quer ganhar, mas sim pelo quão feliz você deseja ser. Se você se sente feliz fazendo poesia e é bom nisso, investir nessa carreira pode te trazer retorno financeiro. Se você é um bom contador de piadas pode fazer isso profissionalmente e ganhar bem por isso. Se você odeia ver sangue, usar gravata ou fazer contas não deve ser médico, advogado ou engenheiro só para satisfazer seus pais, eles já tem as próprias frustrações. Sonhe alto, acredite em você e lembre que toda essa baboseira aqui encima é apenas a Minha Humilde Opinião. Se você não voltar mais por aqui Feliz Natal, Próspero Ano Novo e que a Força esteja com você!

Ass: Bruno Santos

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sábado, 19 de dezembro de 2015

Aniversário


     Desde a minha infância eu já achava essa história de aniversário bem estranha, na verdade eu não entendia se eu merecia um presente simplesmente pelo fato de ter nascido ou se as pessoas me davam presentes como recompensas por eu ter conseguido sobreviver por mais um ano nesse mundo doido. O ato de ficar mais velho começa na concepção e só sessa após a morte, estar vivo já deveria ser o suficiente. Por quê se preocupar com a quanto tempo?
     As vezes acho que o excesso de preocupação com a idade faz com que as pessoas percam bons momentos na vida. Sempre dizendo que são velhas demais ou novas demais para fazer algo, como se a vida fosse um parque e você tivesse um passe com um prazo pra passar nos brinquedos e depois de uma certa hora seu passe perdesse a validade, mas você não tivesse dinheiro para comprar os ingressos normais e continuar nos brinquedos, então suas únicas opções seriam ficar no parque só para observar os outros brincarem ou ir embora de uma vez. Eu já ví idosos serem olhados com estranheza por outras pessoas ditas "jovens" por quererem realizar um sonho, como voltar aos estudos, se exercitar, mudar de profissão ou se casar. 
     Os seres humanos não são produtos com prazo de validade, "enquanto à vida, à esperança", enquanto houver movimento, haverá calor. Como diria Roberto Bolanios(vulgo Chaves), "Existem jovens de oitenta e tantos anos e também velhos de apenas vinte e três, porque a idade não significa nada e a juventude volta sempre outra vez". Até o quarto século, o cristianismo rejeitava a celebração de aniversário natalício, pois o consideravam como um costume pagão. Se formos parar para pensar, o aniversário mais famoso do mundo, que é celebrado em diversos países, das formas mais diversas, nada mais é que uma data escolhida para se celebrar algo que só Deus sabe quando aconteceu. 
     O dia 25 de Dezembro era o dia em que os pagãos celebravam o dia do deus sol, o dia mais longo do ano, onde se tinham festas e oferendas afim de conseguir uma boa colheita no ano seguinte. A igreja não podia deixar o povo sob as influências do paganismo depois de ter encontrado Jesus, mas o povo não queria abrir mão de uma festança. E quem abriria? A solução? Pegamos a festa do rei sol e transformamos na festa do Rei dos Reis, Jesus Cristo. O povo sabia que era uma data inventada, mas ganhou uma festa, quem reclamaria? O tempo passou, as tradições se incorporaram a cultura cristã e hoje em dia temor símbolos pagãos como árvores enfeitadas e guirlandas até mesmo dentro das igrejas.
     Se formos analisar cuidadosamente, veremos que nenhum personagem bíblico festeja uma data como sendo a de seu nascimento, a não ser os faraós ou imperadores, isso se explica no excesso de adulações ao aniversariante, o que era tido como um exemplo de idolatria, que mesmo que fosse por um único dia, tiraria Deus do centro das atenções. Hoje em dia já temos a internet para esse fim, então, acho que uma festinha não faz mal. Mas você sabe a origem das tradições que cercam essa comemoração?
     "As festas de aniversários natalícios começaram anos atrás na Europa. As pessoas criam em espíritos bons e maus, às vezes chamados de fadas boas e más. Todos temiam que esses espíritos prejudicassem o aniversariante, de modo que ele ficava cercado de amigos e parentes, cujos votos de felicidade, e sua própria presença, o protegeriam contra os perigos desconhecidos que o aniversário natalício apresentava. Dar presentes resultava em proteção ainda maior. Uma refeição em conjunto fornecia uma proteção adicional e ajudava a trazer as bênçãos dos espíritos bons. Portanto, a festa de aniversário natalício destinava-se originalmente a proteger a pessoa do mal e garantir que tivesse um bom ano". (Trecho do livro: A Origem das Coisas)
     Ganhar presentes devido um evento que ocorre com periodicidade anual pode não proteger do mal, propriamente dito, mas ajuda todo mundo a se sentir mais querido. O mais importante entretanto, não são os presentes, não é a idade, mas sim a felicidade de se dar conta que se esta vivo, cercado de pessoas que te querem bem e com quem você pode contar, tenham elas dinheiro para te dar um presente ou não, mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.
Ass: Bruno Santos
Postado em: 08/08/2014
Fonte: http://pt.m.wikipedia.org/wiki/Anivers%C3%A1rio

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sábado, 28 de novembro de 2015

Pátria Educadora Não Fecha Biblioteca.

     Nosso país vive uma crise, não apenas financeira, mas também política, ideológica, moral e educacional. Nessas situações é comum que atitudes impopulares sejam tomadas, atitudes que naquele momento não fazem sentido, mas que, apenas alguns anos depois, através dos livros de História, saberemos se foram as mais acertadas ou as piores possíveis. Entretanto, a meu ver, o caso sobre o qual esse texto trata, desde já é um erro inquestionável.
     Uma dona de casa que nota o aumento no preço dos alimentos pode buscar alternativas, tentar optar por ingredientes mais acessíveis, diversificar, mas não deixará sua família com fome por economia. Se um pai consciente percebe que o preço dos materiais escolares aumentou pode pesquisar mais, ir a outras lojas, tentar barganhar, talvez abrir mão das marcas famosas, mas não tirará seus filhos da escola.   Essas são conclusões óbvias, afinal, existem necessidades básicas que precisam ser atendidas. Isso é uma questão de prioridades, mas na contramão desse raciocínio lógico o Governo do Estado do Rio de Janeiro tentou fechar uma rede de bibliotecas (o conjunto de Bibliotecas Parque do qual fazem parte a Biblioteca de Manguinhos a C4, a Biblioteca Parque da Rocinha e a Biblioteca Pública de Niterói) e demitir seus funcionários como parte de sua política de corte de custos. Que tipo de Pátria Educadora é essa?
     Esse texto procura vir em defesa mais específica à Biblioteca Pública de Niterói, já que esta, esse ano, foi um destino mais que procurado por mim. Ela é uma das mais importantes bibliotecas do estado, foi inaugurada no começo do século XX e desde então ela vem servindo a população com seu acervo que atualmente conta com cerca de 60 mil itens, incluindo livros, jornais, revistas, enciclopédias, biografias, DVDs, músicas digitalizadas, equipamentos em Braile, filmes e uma parte que muito me interessa que são os quadrinhos e mangás. A biblioteca também conta com computadores para acesso de usurários cadastrados e com uma rede de Wi-fi que pôs alguns dos meus textos on-line. É um ambiente agradável e aconchegante que abriga uma equipe de funcionários competentes e altamente solícitos.
     A BPN foi reinaugurada em julho de 2011 após cuidadosa e demorada obra, que fez com que esse espaço não fizesse parte da minha adolescência no Liceu Nilo Peçanha, colégio onde cursei o ensino médio e que me concedia uma visão privilegiada de um prédio que não me atendia em nada e que para mim parecia só mais um casarão abandonado, uma rugosidade urbana. Por isso, para suprir minhas necessidades literárias, precisava caminhar até a biblioteca do SESC Niterói. Um lugar que possui um acervo bem menor, mas nem por isso deixa de ser uma fonte de conhecimento. Todavia, gostaria de ter tido naqueles tempos esse espaço com exibições individuais de filmes, saraus de poesia, shows de música e leituras dramatizadas do qual os jovens dispõe agora. Mas, não adianta chorar pelo passado, temos é que zelar pelo futuro!
     Entretanto, não um futuro tão distante como pode se pensar quando se fala em futuro. Ví com alívio a notícia que dizia que a prefeitura de Niterói repassará recursos complementares até dezembro de 2016 para manter  a instituição funcionando, o que mantém seus usuários e funcionários tranquilos por cerca de um ano. Mas, uma dúvida fez com que uma dorzinha discreta, um tipo de pressão, se instalasse entre os meus olhos. E depois de 2016? E aliás, por quê estabelecer uma data para o fim desse "auxílio" a BPN? Bem meus queridos, a resposta que me ocorreu é uma velha conhecida nossa: ANO QUE VEM TEM ELEIÇÃO!
     Este é o mesmo motivo que fez com que ruas fossem milagrosamente asfaltadas as pressas e a polícia começasse a querer mostrar serviço em outros anos, mas nesse, foi o motivo pelo qual tem brotado praças por Niterói, o motivo pelo qual o Horto foi inaugurado, mesmo antes de estar realmente pronto e o que levará o Getulinho (ou Hospital Getulio Vargas Filho) a ter suas obras concluídas com máxima urgência. Como se não fosse urgente desde o princípio. Essa importante emergência pediátrica que atendia não apenas toda a população de Niterói, mas também grande parte de São Gonçalo está fechada a mais de três anos. Devido as obras, atualmente presta atendimentos emergenciais em um hospital de campanha montado na garagem.
     Como eleitores, devemos nos pronunciar sobre essas situações, mas não precisamos esperar as urnas para isso. Afinal, os políticos serão sempre os mesmos se o povo não mudar. Vamos usar nossos recursos, encher a caixa de e-mail do Rodrigo Neves, vamos nos manifestar nas redes sociais em defesa da BPN e lembrar que o dinheiro que a mantém aberta é a dos NOSSOS impostos e que nós queremos ter participação na escolha de seu destino. Mas essa, é apenas a Minha Humilde Opinião. Aproveito ainda para dizer que hoje, dia 28/11/2015, estive na biblioteca e ela se encontrava fechada.

Ass: Bruno Santos
Agradecimentos especiais pela colaboração de: Caroline Macedo.

Fontes:

http://googleweblight.com/?lite_url=http://www.cultura.rj.gov.br/espaco/biblioteca-publica-de-niteroi

http://googleweblight.com/?lite_url=http://www.ebc.com.br/cultura/2015/11/prefeituras-do-rio-e-de-niteroi-vao-assumir-custos-para-manter-bibliotecas

Biblioteca medicina uff

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Um Dedo de Prosa.


    O que faz de um homem, UM HOMEM? O que faz dele essa figura poderosa que vem liderando a sociedade patriarcal e machista há séculos? Que por gerações fez com que a mulher acreditasse que é o sexo mais fraco?
    Quando você vê um bebê recém nascido com roupinhas brancas, consegue dizer de cara se é menino ou menina? Ou precisa perguntar? Pêlos grossos no corpo, ombros largos, cintura quadrada, ausência de seios, são características do corpo masculino (ou da maioria). Mas não existem mulheres com essas características? Talvez não todas juntas, mas uma ou outra ao menos? Genes não são visíveis a olho nú. Quem pode apontar um XY ou XX na rua sem avaliar outros componentes físicos? Mais uma vez eu pergunto: "O que faz de um homem, UM HOMEM"? Bem, seja lá o que for, não tem nada a ver com um exame médico de rotina, nem mesmo o de próstata.
    "Os homens que querem ser rastreados devem realizar o PSA (antígeno prostático específico) no sangue. O toque retal também pode ser realizado como parte do rastreamento. O toque retal é menos eficaz que o PSA, mas às vezes pode detectar o câncer em homens com níveis de PSA normais, razão pela qual é realizado para o rastreamento do câncer. O exame de toque retal também é utilizado para determinar se o tumor pode vir a se disseminar para os tecidos vizinhos, e para detectar recidivas após o tratamento. No exame de toque retal o médico introduz um dedo, com luva lubrificada no reto para sentir a superfície da próstata que possa ser suspeita de câncer. Como a próstata está localizada na frente do reto, e a maioria dos cânceres de próstata começa na parte posterior da glândula, é possível sentir o tumor durante o exame de toque retal. Este não é doloroso."
     O ânus, esse pequeno orifício circular rugoso com finalidade excretora tem recebido uma importância que beira a idolatria, afinal, tem homens preferindo morrer que deixá-lo ser tocado. Estamos falando de biologia aqui e, biologicamente falando, a única função dessa parte do corpo é por para fora aquilo do que seu corpo não precisa mais, obviamente é um trabalho importante! Pergunte a qualquer pessoa com prisão de ventre. Ele é a etapa final do processo de nutrição que começou no momento em que você pôs a comida na sua boca. Mas, quando foi definido que ter essa parte do corpo tocada por um profissional capacitado desqualificaria um homem de sua condição?
    Uma mulher não se torna menos mulher quando precisa fazer o papanicolau, um exame extremamente invasivo e bem mais demorado que o de próstata, então, por quê a frescurinha? Eu sou jovem, ainda estou bem longe da idade com a qual esse exame é recomendado, e oro para que a medicina encontre outra forma segura e rápida de constatar esse maldito câncer o quanto antes toda vez que lembro que precisarei dele um dia. Entretanto, caso isso não ocorra, caso daqui a vinte anos esse bendito toque ainda seja necessário, não me esquivarei, não irei abrir mão de ter a oportunidade de passar mais tempo com as pessoas que eu gosto por causa de um bando de piadinhas.
    E duvido que um amigo de verdade vá rir do outro quando descobrir que ele tem um câncer em estado avançado na próstata. Assim como não riria se ele tivesse câncer em qualquer outra parte do corpo, então, não menospreze essa doença, não pense que isso só acontece com os outros ou que você é imune a ela porque nunca houve um caso na sua família. A prevenção é a única arma disponível. E se você ainda acha que seu ânus é de ouro, fique sabendo que caso essa doença seja descoberta tardiamente o tratamento exige exames periódicos mensais, ou seja, por fugir de um toque você vai ser obrigado a receber toques periódicos.

Ass: Bruno Santos.

Fonte:
http://www.oncoguia.org.br/mobile/conteudo/exames-de-imagem-para-o-diagnostico-do-cancer-de-prostata/1203/289/

sábado, 14 de novembro de 2015

Voltando Para Casa - Parte III (ou Pó, Maconha e Haxixe!)

    Mais uma vez estou voltando para casa. Não para a mesma casa, mas ainda para um lugar esquecido pelas autoridades (in)competentes que só se lembram que os pobres existem quando estes matam ou são mortos. Morrer garante um ano na memória popular, matar garante uma manchete e com "sorte" umas citações vez ou outra.
    No caminho vou no contra-fluxo da multidão, são universitários, trabalhadores e universitários/trabalhadores em sua maioria, voltando para suas casas depois de um dia produtivo. Tiro as chaves do bolso um quarteirão antes da minha rua, parecer um morador é imprescindível, pois meu rosto ainda é pouco conhecido. Ao chegar no pé da escadaria ouço uma pergunta sendo gritada do alto do morro: "Pó, maconha ou haxixe?". Subo de cabeça baixa sem fazer movimentos bruscos e ignorando o que ouvi. Ao atravessar o portão percebo que o vendedor não desanima e segue oferecendo seus produtos a quem quer que passe: "Pó, pó, pó! Pó, maconha e haxixeeee!" ele grita, como um camelô qualquer em seu ponto de venda.
    Me sinto sortudo por não precisar passar perto dele para chegar em casa, mas admito minha curiosidade. Gostaria de ser invisível (ou mais corajoso) por alguns minutos para passar entre aqueles jovens e olhar atentamente o rosto de cada um. Queria saber que idade eles têm, suas aparências e o que sonham.
   Quando finalmente pisei dentro de casa, comecei a me questionar: Esse "mercado a céu aberto" é muito diferente dos leilões de escravos, que há 250 anos os ofereciam nas praças públicas como uma mercadoria? Ou seria essa apenas uma continuação daquela cena? Não seriam esses jovens bisnetos e tataranetos daqueles escravos que, ao serem “libertos” em 1888, acabaram vendo-se presos a uma situação de extrema pobreza, abandono e preconceito de uma sociedade que se negava a pagar pelo trabalho de alguém que a alguns anos nem gente era? Não seriam esses jovens a descendência daquele povo de pele escura que em busca de um pedaço de chão para chamar de seu subiu os morros? Jovens herdeiros do analfabetismo, do medo e do sentimento de inferioridade, que agora encontram no tráfico uma oportunidade de alcançarem os padrões de vida inalcançáveis que a novela das nove mostra. Menores infratores que querem ter as roupas de marca, o celular, o tênis e a pele branca do garoto de classe média que faz cooper no "calçadão" de Icaraí. Alguns dizem: "Mas se ele trabalhar e juntar dinheiro ele vai poder comprar ", "Também existe branco pobre e bandido, isso não é desculpa" ou ainda "Brancos e negros têm a mesma capacidade intelectual, se o garoto negro e pobre estudar e o branco não, o negro passará no vestibular e o branco não".
    Respeito os argumentos, mas não preciso concordar, até porque os dados não concordam e, segundo os dados, 54,9% da população do Brasil é parda ou negra e, mesmo assim, apenas 8,8% dos graduados em curso superior são negros. Querem que eu acredite que os outros negros são preguiçosos e não tiveram força de vontade para estudar? Certo! Eu vou dizer o que eles NÃO tiveram: uma escola que os ajudasse a desenvolver seu potencial, merenda, professores bem remunerados (que não precisassem fazer greve) e, principalmente, eles não tiveram fé em sí mesmos.
     Que as favelas são as atuais senzalas, não é difícil perceber, afinal, de onde vem a mão de obra que enriquece os burgueses, donos dos meios de produção? E o que é o tráfico se não uma armadilha fantasiada de quilombo, que promete liberdade, mas acaba aprisionando mais? Promete aos jovens dinheiro e poder, mas os faz reféns das comunidades, do onde não podem sair se não presos ou ensacados.
     E enquanto isso os porteiros, motoristas de ônibus, PMs, vendedores de água e lixeiros, moradores de comunidades e de bairros pobres, garantem a manutenção da qualidade de vida dos empresários, juízes e deputados, esperam pelas migalhas que o governo mandará para poderem subsistir. Seriam então as cotas raciais a solução definitiva para a desigualdade na educação brasileira? De forma alguma, mas é melhor do que nada! Porque tem sido a forma de inserir os negros em um serviço público ao qual eles não estavam tendo acesso. Jovens infratores devem ficar sem punição por seu crimes? Claro que não! Mas não seria mais lógico olhar para esses jovens, dando-lhes o auxílio necessário, antes que eles entrassem para a vida do crime? E, se entrarem, que a intenção das instituições  não seja punir por punir e sim educar, dar uma nova perspectiva, mostrar que existem outras opções e que elas são alcançáveis.
     Aquele jovem na boca de fumo poderia ser eu, se eu não tivesse recebido de minha família (porque do governo não recebi nada!) todo o incentivo e estrutura necessários. Se eu não tivesse visto tantos jovens morrerem e percebido que essa vida de crime não valia a pena. Se eu não tivesse recebido uma formação cristã que me ensina a fugir de tudo aquilo que me aprisiona e que a verdadeira liberdade eu só encontro em Jesus. Mas, quando eu vejo (ou ouço) um traficante e me omito de meu papel de mostrar para ele que existe um outro caminho, que tipo de cristão eu estou sendo? Quando vejo um mendigo e atravesso a rua, eu estou sendo mais humano que ele? Quando vejo um grupo de jovens negros e acredito que eles sejam dignos do meu medo, que tipo de pessoa eu sou? Sou fruto daquilo que a sociedade me ensina. Eu, um negro, que aprendi desde pequeno que os negros nas novelas constituem sempre o núcleo pobre, são perigosos, de cabelo “duro” e nariz largo demais.
    Eu, que durante uma parte da infância, ao ouvir a típica pergunta: "O que você quer ser quando crescer?" cheguei a responder algumas vezes "Branco". Agora busco uma metanóia que me ajude a me libertar das imposições sociais e esteriótipos desse país. Tento vencer pelo meu próprio esforço (deixando bem claro que não defendo a meritocracia), contrariando as estatísticas. Tento ser um jovem negro, universitário que não estará entre os outros negros que são 77% das vítimas de homicídio. E enquanto isso, aquele jovem continuará no topo da escadaria, esperando os filhos dos empresários, juízes e deputados que sobem o morro para comprarem pó. “Pó, maconha e haxixe."
Ass: Bruno Santos
Textos Anteriores:
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terça-feira, 3 de novembro de 2015

Juntando as Diferenças



     Brasil, um país com tanta miscigenação, onde é praticamente impossível encontrar uma pessoa sem vestígios de DNA Afrodescendentes, no entanto, um país tão preconceituoso, racista. E quando eu chamo o país de racista, não estou falando que os brancos ou pardos do país são racistas, estou falando realmente de todos, até os negros tem preconceitos entre sí, e não podemos negar. 
     Os casos com maior repercussão na mídia foram os do goleiro Aranha que foi chamado de "macaco" por uma torcida na qual existiam vários negros e atualmente, o caso da atriz Tais Araújo que recebeu comentários racistas na foto de seu perfil em uma rede social. Sendo eu um representante da classe (negro), já recebi muitos olhares desconfiados, e já ví muitas senhoras apertando as bolsas contra o peito ao me ver chegar, e mesmo assim, na minha primeira (e única até hoje) tentativa de assalto fui abordado por um rapaz branco de cabelos loiros. Isso porque o caráter das pessoas não se mostra pela cor da pele.
     Hoje em dia, não é difícil encontrar pessoas negras com traços de DNA europeu ou oriental, assim como facilmente vemos casais caucasianos com filhos de aparência mestiça devido sua ascendência. Um pais onde não se pode distinguir a etnia de uma pessoa apenas com o olhar, já deveria estar livre de qualquer tipo de preconceito há décadas, porém, o brasileiro ainda não foi capaz de rasgar o véu das aparências que faz questão de dividir seres humanos em grupos. E não pense que são apenas grupos raciais ou sociais.
     Os roqueiros, os flamenguistas, os nerds, etc. Não passam de títulos criados pela sociedade para identificar os diferentes grupos de pessoas que gostam de diferentes tipos de música, times ou outros aspectos da cultura pop, esses grupos criaram um palavreado próprio, um estilo de vestuário e até hábitos que se divergem, entretanto em nada tem diminuída sua dignidade ou seu valor como pessoa. O esteriótipo que alega que uma jovem que se diverte ouvindo funk é de classe média baixa e mora em uma comunidade ou favela é tão falso como o que diz que toda loira é burra ou que mulher dirige mal. Mas como o homem teme o que não conhece, tudo que se apresenta como diferente se torna algo ameaçador e que deve ser contido.
     Sendo assim, podemos chegar a conclusão que, todo o ser humano faz parte de um grupo, que é discriminado por outro grupo, que por sua vez discrimina outro, ou até outros. Desta forma envolvendo todo ser humano em uma teia de preconceito sem fim, tornando finalmente todos iguais. Um bando de sem noção que acha que pode ser melhor que alguém. Imagine que um homem comum é tido como estranho por um que acha que ser normal é desperdício, esse seria tido como pooser por um homem declaradamente estranho, que por sua vez seria tido como alguém perigoso para os religiosos, que mais tarde seriam hostilizados pelos ateus de quem o homem normal procura não se aproximar para evitar ser hostilizado.
     Todos temos defeitos e qualidades, estes são adquiridos, ao longo da vida podemos muda-los com força de vontade, mas características, como cor da pele, ou naturalidade são imutáveis, não é justo julgar alguém por algo que a pessoa não optou ter, não é justo que isso se sobreponha a todas as escolhas que a pessoa já fez. Escolher ser honesto, sincero e amigo tem mais peso do que ser paulista ou carioca, loira ou morena, corintiano ou santista, isso você não escolhe, mas essa, é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos
Postado em 06/09/2014 Modificado em 03/11/2015


terça-feira, 27 de outubro de 2015

O Lado Bom.

     Ser blogueiro não é exatamente um Céu, principalmente quando você está em estado de anonimato e é comprometido. Não que fazer um blog seja complicado, qualquer um pode fazer um blog, mas fazer um com conteúdo é diferente.
     Quando se esta no anonimato você posta para sí mesmo e para alguns poucos amigos mais íntimos, sente que muitas pessoas que precisam daquelas palavras não as encontrarão, ou ainda que, mesmo que outro alguém mande um link, ele não será aberto. Ser comprometido significa mudar sua forma de ver o mundo, transformar tudo ao seu redor em um texto em potencial, seja a notícia que leu no jornal ou o "bom dia" recebido.
     Isso atrapalha porque te faz fazer coisas bobas como acordar mais cedo ou dormir mais tarde pra escrever um texto, ou os dois, mesmo sabendo da possibilidade dele nunca ser lido por ninguém e ainda deixar de estudar uma matéria que você precisa para pesquisar sobre o assunto de um texto, mas uma das coisas que mais atrapalha é usar o curto tempo no qual você poderia estar namorando mostrando seus textos para a namorada na esperança que ela corrija seus erros ortográficos e gramaticais te impedindo de ser tachado de analfabeto ou plagiador.
     Mas, ser blogueiro também tem seu lado bom, por exemplo, a possibilidade de usar um texto do seu blog para desejar um Feliz Aniversário para a sua namorada, dizer que ela é a sua maior inspiração e que se não fosse por ela nenhuma dessas linhas teria sido escrita. Poder dizer em público que ela é a melhor editora, produtora e conselheira que você poderia conseguir e que é grato por todas as mudanças que ela fez, não apenas naquilo que você já escreveu, mas em tudo que você já sentiu ou pensou um dia.
     Você pode usar um parágrafo inteiro para puxar o saco dela dizendo que ela é linda, inteligente, carinhosa, atenciosa, responsável, que ela te da muito orgulho por sua trajetória de vida e que você mal pode esperar para poder unir suas trajetórias e passar a ser um só com ela. Pode usar um espaço para pedir a Deus que abençoe todos os sonhos, projetos e ambições do seu coração lhe dando garra e coragem para vencer todos os obstáculos e chegando do outro lado do vale das dificuldades alguém com ainda mais fibra e com o coração ainda maius puro.
     Enfim, ser blogueiro tem seu lado bom, mas, esse lado bom é ainda melhor quando se tem Caroline Macedo ao seu lado. E essa é, sempre foi e continuará sendo a Minha (e apenas minha) Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Objetificação da mulher, primeira etapa da violência (Redação do Enem 2015)

     A violência é um resquício primitivo no ser humano moderno que o acompanha ao longo dos séculos e não parece estar próximo de ser abandonado, entretanto quando essa violência é manifestada por um homem contra uma mulher ela tem raízes diferentes das de sobrevivência ou proteção de um território/bem que os homens das cavernas possuíam.
     No Brasil essa violência teve seus primeiros registros com a chegada dos portugueses. Por não estarem habituados a ausência das roupas das indiana e terem ficado tanto tempo no mar sem sequer verem uma fêmea da própria espécie, acabaram encontrando nas índias uma chance de satisfazer seus desejos, e nesse momento consideraram o consentimento delas dispensável.
     Vendo que esses abusos atrapalhavam na relação entre os povos, os portugueses procuraram as escravas como uma alternativa. Por serem tidas como um patrimônio elas eram privadas do direito de dizer não e logo esta prática se tornou comum, mesmo entre os homens casados que deixavam suas esposas na Casa Grande para irem dormir na senzala. Com o passar dos anos não apenas a mulher negra, a famosa mulata, como também a mulher brasileira acabou se inserindo no imaginário, não apenas nacional, mas mundial, como um símbolo de sensualidade.
     Como herança disso, vivemos no país um quadro de super objetificação da mulher que não apenas é levada a expor seu corpo tal como se expõe peças de carne nas vitrines dos açougues, como também tem inserido em sí um sentimento de inferioridade em relação aos homens. Mesmo após tantos anos elas continuam tento seu intelecto subjugado em detrimento de sua aparência física e sofrendo variados e cruéis tipos de assédios, independentemente de já terem representantes entre os cientistas, presidentes e ganhadores do Prêmio Nobel.
     A Lei Maria da Penha foi um grande avanço do Brasil na proteção a suas mulheres, mas é preciso mais que punir, é preciso conscientizar, mostrar nas escolas as figuras femininas que fizeram história e provar que gênero humano tem igual valor em ambos os sexos.

Ass: Bruno Santos

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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Natural, mas nem tanto.

   Um dia desses assisti uma matéria que falava sobre um país da América do Sul, que faz fronteira com o Brasil onde a maconha é liberada para venda em locais especializados e para plantio nas residências. Os produtores caseiros que cultivam para consumo próprio afirmavam que a qualidade da erva que eles adquirem é muito superior a que é vendida pelo tráfico, já que vem sem impurezas e apenas com flores selecionadas (o barato não vem das folhas e sim da flor da Canabis).
    Depois dessa matéria fui levado a uma reflexão: esse povo tem maior controle e entendimento sobre a qualidade das drogas que eles usam do que eu sobre a batata que eu como. Quando eu vou no mercado comprar legumes e encontro todos em suas respectivas posições no mostruário eu não tenho como saber de onde eles vieram, quanto tempo fizeram de viagem, a quanto tempo foram colhidos, quem produziu, que tipo de adubo ou agrotóxico foi utilizado. Nem sei se aquele vegetal é um trangênico, apesar das probabilidades gritarem que sim. Dai um produto que até então eu comia (gostando ou não) por achar que me faz bem, se torna um inimigo em potencial.
    Não é de hoje que nós estamos comendo veneno de inseto. Mas, faz bem pouco tempo que começamos a nos preocupar com as consequências desses hábitos alimentares. O avanço no acesso à informação contribuiu bastante para isso. Em 1999, uma pesquisa na Inglaterra constatou o aumento de 50% de alergia a produtos à base de soja. E se me permitem dizer algo curioso sobre a soja, as formigas com quem divido quarto se negam a consumir produtos a base dela. Se eu deixar um copo com uma gota de  água sobre a mesa elas atacam, mas se eu deixar um copo cheio de leite de soja elas nem se aproximam. Você realmente acha que não está comento/bebendo inseticida?
    Além do aumento de alergias, o consumo de alimentos transgênicos está aumentando a resistência de organismos aos antibióticos, devido a inserção de genes de bactérias com essa característica. Está também ocasionando o aumento das substâncias tóxicas em nosso organismo, já que existem plantas e micróbios que possuem essas substâncias para se defenderem de seus inimigos naturais, (sendo que na maioria das vezes, elas não fazem mal ao ser humano) no entanto, se o gene de uma dessas plantas ou micróbios for inserido em um alimento, é possível que o nível dessas toxinas aumente muito.
    E ainda, com a inserção de genes de resistência a agrotóxicos em certos produtos transgênicos, as pragas e as ervas-daninhas desenvolvem a mesma resistência, tornando-se "super-pragas" e "super-ervas".  Consequentemente, haverá necessidade de aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações, o que representa maior quantidade de resíduos tóxicos nos alimentos que nós consumimos.
    Hoje em dia o controle sobre o que ingerimos é dificultado, tanto pela falta de conhecimento sobre a procedência quanto pelos altos custos de alimentos orgânicos, mas, manter hábitos de higiene no preparo dos alimentos pode fazer diferença. E apesar de tudo isso, acredite, entre parar de comer vegetais ou comer vegetais transgênicos, escolha comer, pois eles ainda contém nutrientes necessários ao seu corpo. Mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Fonte:
http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/saiba-o-que-sao-os-alimentos-transgenicos-e-quais-os-seus-riscos

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Propaganda Enganosa

     Qual é a diferença entre enviar uma mensagem de texto do tipo sms ou mandar uma msg pelo wahtsapp? Bem, quando você envia um SMS, desde que a pessoa esteja em uma área com sinal e o aparelho esteja ligado e com memória na caixa de entrada, ela receberá sua mensagem. Independente da operadora emissora ser ou não igual a da receptora. Certo? Bem, teoricamente sim. E quando você envia uma mensagem pelo APP você precisa que o receptor esteja conectado a internet.
      Dependendo do tipo de mensagem enviada, se for uma imagem, vídeo ou arquivo de áudio pode ser necessário que o receptor tenha espaço na memória do aparelho também. Mas, ultimamente o Wahtsapp tem sido a primeira opção no compartilhamento de dados, afinal, é visivelmente mais barato. Me recordo que antes da existência do wahtsapp as únicas formas de dividir imagens eram envia-las por e-mail, facebook, publica-las no (ainda existente) orkut ou enviar pelo (sempre úti)l bluetooth. Ninguém enviava fotos por mensagem multimídia. Esse foi um recurso que nunca usei em meus antigos celulares.
     Agora o que me pergunto é: será interessante para as operadoras de telefonia móvel no Brasil que uma internet grátis (ou só barata) e de qualidade seja disponibilizada ao grande público? Eu acredito que não, e acredito também que os grandes empresários estejam usando toda sua influência para impedir que algo do tipo aconteça por aqui. No dia em que todos puderem usar um aplicativo gratuito de verdade, não esse engodo que usam contra nós hoje alegando que algo é gratuito entretanto cobrando por tachas extras por serviços não utilizados, o número de ligações normais serão ínfimos.
     As operadoras sabem disso, e talvez por este motivo e pela eminente chegada de seu fim estejam aproveitando para praticar atos que beiram a criminalidade. Como por exemplo alegarem dar a seus usuários acesso ilimitado as redes sociais sem consumo da franquia, entretando cobrando pelo acesso, mesmo quando o cliente usa tão somente as redes sociais ao longo do dia e digasse de passagem, após o consumo desta ínfima franquia é negado ao usuário o acesso a qualquer tipo de dado da internet.
     É uma completa falta de respeito pelos clientes, o que talvez não fosse uma novidade já que estamos falando do Brasil, onde deputados que são nossos servidores recebem salários exorbitantes e ainda se envolvem em esquemas de desvio da verba pública e recebimento de propinas, mas, parece errado que estejamos tão atrasados quanto a prestação de serviços por parte de empresas de telefonia quando nos recordamos (ou descobrimos) que o país recebeu um aparelho telefônico antes que este fosse adotado em outros países mais desenvolvidos. Isso porque o primeiro telefone do Brasil foi encomendado por Dom Pedro II pessoalmente a Graham Bell o inventor do aparato tido como o um dos marcos científicos mais importante do século XIX. O imperador se tornou amigo pessoal do professor francês durante uma visita aos EUA onde este morava.
     As operadoras dizem em suas propagandas que cobram pequenos preços pelas lligações independente de sua duração, mas, elas sempre caem depois de uma hora e quinze. Dizem que pegam em qualquer lugar, mas se começa a chover você fica incomunicável. Elas dizem que se importam/preocupam com seu bem estar, mas te deixar ouvindo músiquinhas ou de pé em filas enormes quando você mais precisa delas. Eu torço para que novas tecnologias surjam e nos ajudem a nos comunicarmos sem a dependência das operadoras de telefonia, pois, enquanto elas mandarem, nós não seremos clie tes e sim escravos, mas essa é apenas a minha humilde opinião.

Ass: Bruno Santos

sábado, 10 de outubro de 2015

Ta na Cara

     Você já refletiu sobre como pequenos atos podem transformar o mundo? Sobre como uma atitude (talvez idiota) de uma pessoa simples pode causar uma avalanche de transformações sociais? Se amarrar em uma árvore, encarar um tanque de guerra a pé, queimar sutiãs, colocar flores nos canos das armas dos policiais que apenas aguardam ordens para lhe fuzilarem. Não são atitudes exatamente geniais, mas, de alguma forma causaram um impacto, seja regional ou mundial. Talvez um ato simples de alguém que cansou dos padrões estabelecidos, algo aparentemente sem importância esconda um sentido bem maior, algo que só será entendido no futuro, seja libertar um cão do cativeiro, pintar seu cabelo de vermelho ou deixar a barba crescer.
     Vivemos em um mundo onde parecer vale mais do que fazer. Existem padrões que devem ser seguidos e não segui-los pode resultar na exclusão, seja no meio empresarial, acadêmico, familiar ou até religioso. Mas, o empresarial me impressiona de forma mais intensa, principalmente nessa época de crise pela qual o país vem passando, perceba: o funcionário é contratado pela empresa, ele se adequa aos padrões estabelecidos por ela, chega no horário, sai no horário, trabalha duro com ética e responsabilidade, mantém suas roupas alinhadas e sua barba aparada, até que um dia, depois de 2, 7 ou 15 anos a empresa simplesmente percebe que não precisa mais dele e o demite. Sabe por quê? Porque para a empresa ele não é nada além de um número. Uma série de dígitos que pode dar lucro ou gerar custo. E é isso o que importa.
     Não importa se o funcionário chegava uma hora antes e saia duas horas depois para dar conta da demanda, se acumulava duas funções, se trabalhava nos fins de semana ou mesmo que estivesse doente, a empresa irá demiti-lo assim que ele for visto como um estorvo. E isso pode acontecer a qualquer momento. Então, de que valem todos os sacrifícios feitos? As noites em claro, os cursos de atualização/especialização pagos com o próprio bolso? Se você tem o desejo pessoal de ter filhos, fazer uma tatuagem, fazer faculdade de uma área completamente diferente da área onde trabalha ou simplesmente deixar a barba crescer, não deveria deixar de fazer pela empresa. Talvez você possa deixar de fazer essas coisas por algum outro motivo, mas, não para deixar satisfeita uma instituição capitalista que não vê pessoas entre suas paredes, mas, apenas dois tipos de máquinas, as que ficam na empresa e as que vão embora ao final do expediente.
     Nessa perspectiva,  cada demonstração de autenticidade é um protesto silencioso, em prol da vontade própria em detrimento à vontade de uma instituição sobre o corpo de seus funcionários. Se a produtividade se mantém inabalável, a pontualidade permanece, o respeito pelos superiores idem,  isso não compromete o rendimento ou a higiene do trabalho, então, o que muda? Por quê a presença desse(a) funcionário(a) passa a "ser notada" pelos colegas de trabalho de forma diferente? Por quê agora recebe apelidos, ouve comentários e nota cochichos quando chega em um ambiente? É porque está desafiando o sistema! Está se permitindo ser ele(a) mesmo(a)! 
     O mesmo vale para o seu cabelo black power roxo, para a sua calça estampada, para o seu piercing ou pra sua tatuagem (deixando claro que eu não incentivo o uso de piercings ou tatuagens , mas, reconheço o direito de cada um de usar ou não). Eles influenciam no seu trabalho de forma negativa? Você se sentiria melhor consigo mesmo(a) se tivesse liberdade para usar o que quer? Então você deveria poder usar! Lembre, se a empresa se preocupar mais com o que você parece que com o que você faz, qualquer coisa será motivo para te demitir, seja hoje ou daqui a 20 anos, e ai você se dará conta do tempo que perdeu. Não espere pelo fim do expediente, ou pela aposentadoria, para ser feliz! Lembrando, claro, que essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

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quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Votos do Namoro

     Você já assistiu à um casamento católico? Mas, um casamento católico de verdade, não um desses de novela no qual sempre entra alguém no meio para impedir a cerimônia. Estou falando de um casamento que começa em um namoro onde os noivos se conheceram verdadeiramente e não ao corpo um do outro, que teve convivência familiar e projeções para o futuro da construção de uma nova família e acordo de ambas as partes sobre tudo isso. Estou falando de um casamento que começa com a certeza de não haver plano B. Eles serão um do outro, até que a morte os separe, e talvez, mesmo depois. 
     Bem, esse é o verdadeiro matrimônio católico, um casamento que não tem nulidades. E caso você ainda tenha dúvidas sobre essa palavra, uma breve explicação: O CASAMENTO CATÓLICO É PARA SEMPRE, desde que as promessas feitas e os compromissos firmados sejam verdadeiros. 
Para melhor exemplificar vamos às três principais perguntas feitas pelo sacerdote, aos noivos, durante a cerimônia: 

A primeira é : Noivo e noiva, viestes aqui para unir-vos em matrimônio. Por isso, eu vos pergunto perante a Igreja: É de livre e espontânea vontade que o fazeis?” E os noivos devem responder convictamente: Sim!

Depois o padre pergunta: “Abraçando o matrimônio, ides prometer amor e fidelidade um ao outro. É por toda a vida que o prometeis?” Noivos: Sim!

E por fim o sacerdote pergunta: “Estais dispostos a receber com amor os filhos que Deus vos confiar, educando-os na lei de Cristo e da Igreja?” Noivos: Sim!¹.

     Caso esses noivos tenham se casado por obrigação/interesse, sejam infiéis antes do casamento/planejem ser depois, caso sejam estéreis em segredo ou ainda tenham escondido de seu par seu desejo de não ter filhos esse casamento futuramente pode vir a ser considerado inválido e então receber a nulidade de uma autoridade eclesiástica. 
     Para que isso não precise acontecer é primordial viver bem a fase do namoro. É nela que se inicia o casamento e a família, em um relacionamento sério e maduro, em que se busca conhecer o outro, suas qualidades, seus defeitos, seus anseios, desejos, sonhos, sua história, família, seus problemas, etc., desejando assim viver com o outro e para o outro, fazendo-o crescer. Um casal estará pronto para o casamento quando ambos não tiverem dúvidas dessa escolha, e mais ainda, quando não tiverem dúvidas sobre a pessoa do outro. É preciso conhecer bem o outro! 
     O Professor Felipe Aquino, em seu livro Namoro diz ‘’Amar é uma decisão e nenhuma decisão é tomada apenas com o coração, a decisão é tomada também com a razão’’. Não podemos, portanto, assumir um compromisso definitivo, tal como o matrimônio levados apenas pela emoção, sem antes pensarmos seriamente no relacionamento enquanto namorados, que assim como o matrimônio possui certas ‘’exigências’’, e porque não dizer, alguns ‘’votos específicos’’. Obviamente, por não ser um sacramento o namoro não é indissolúvel, o que significa tanto que ele pode dar certo como não, seguindo essa lógica é importante aproveitar ao máximo essa oportunidade de saber se a outra pessoa é a adequada para que você passe o resto da sua vida.
     Caso você perceba que não, que bênção, você se livrou de um casamento infeliz, caso sim, teste mais um pouco, a vida inteira é tempo demais (ao menos é o que eu te desejo), é melhor não arriscar. Uma boa forma de estabelecer metas a um namoro é criar votos. Fazer um roteiro com as coisas que vocês como casal consideram importante e se empenharem para cumprir, se como namorados vocês forem fiéis, a chance de serem como esposo e esposa é bem maior. A seguir um exemplo de votos que podem ser trocados entre namorados: 

          "Eu NOME prometo fazer desse namoro uma experiência agradável ao coração de Deus, não por ser perfeita, mas por buscar a perfeição sempre. Ser fiel a este compromisso e a tudo que ele representa. Respeitar seu corpo como o templo do Espírito Santo que ele é, sabendo que durante um namoro devem se unir as almas e não os corpos. Respeitar seus pais e as regras estipuladas por eles, seja em casa ou na rua. Não por empecilhos ao seu convívio com pessoas que lhe sejam queridas, desde que essas não lhe tragam algum tipo de risco ou prejuízo material, físico ou moral. Ser prudente em meus ciúmes. Buscar sanar com brevidade possíveis desentendimentos ou brigas que venham a ocorrer, entrando em acordo sobre a responsabilidade de cada um no acontecido, mantendo assim uma comunicação aberta e sincera. Te impulsionar e incentivar para a realização dos seus sonhos ajudando em tudo que estiver ao meu alcance. Te aproximar de Deus através dessa relação e de nossas práticas como casal.

     São estes votos do período do namoro que darão o fundamento para as quatro características fundamentais do amor conjugal, que é amor humano, total, fiel e fecundo.  É durante o namoro que nos preparamos para o sim definitivo no altar do Senhor, e para que esta resposta seja firme e consciente devemos desde então construirmos um relacionamento saudável, maduro e feliz, que irá desabrochar em um casamento igual. Mas essa, é apenas a nossa Humilde Opinião. 

Ass: Caroline Macedo e Bruno Santos

¹(Fonte: Carta Encíclica Humanae Vitae, de Sua Santidade Papa Paulo VI)

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/07/29/o-sentido-do-casamento/

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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

O Tempo que (não) Sobra

     Os dias estão passando mais rapidamente. Você já percebeu? Você se despede da família e dos amigos em uma noite de Ano Novo e quando se da conta já está fazendo planos para o Carnaval. Mal se recuperou das noites não dormidas do Carnaval e já está tendo que juntar dinheiro para os ovos de Páscoa. Acaba de sair do regime pós páscoa e lá vem de novo o Natal com suas comidas deliciosas. E novamente, lá se vai mais um ano.
     Algumas pessoas dizem que o movimento das placas tectônicas alterou o eixo de rotação terrestre, outras que asteróides que tem caído estão dando impulso fazendo com que a Terra gire mais rápido. Quer saber a minha teoria? Não estamos vivendo os fins de semana. Vamos voltar ao exemplo do primeiro parágrafo. Estamos no primeiro dia do ano novo, você acabou de pegar um calendário, qual a primeira coisa que você vai olhar??? Se você não for um narcisista ansioso para saber em que dia cairá seu aniversário a resposta será OS FERIADOS. Sim, isso porque nós temos vivido em função dos feriados, claro que os brasileiros mais que qualquer outro povo, mas essa é uma constatação global.
     Dia de finados, "vamos fazer churrasco!", Independência do Brasil, "vamos para a praia!", acho que é só de sacanagem que nesses dias sempre chove. Mas, com sol ou não, esses dias tem recebido uma importância exagerada na nossa cultura. Era para que fosse apenas mais um dia livre na semana. Nós já não temos dois? Resposta: Não! Não temos mais, nós vendemos nosso sábado. Apesar de algumas pessoas não terem opção (afinal, como nós  teriamos eletricidade, internet, TV a cabo e etcetera durante os fins de semana se ninguém estivesse trabalhando?), existem muitas que tem e escolhem trabalhar no sábado e existem ainda as que aproveitam esse dia para realizar atividades como fazer as compras da semana, fazer o cabelo, as unhas, frequentar aquele curso de línguas ou fazer aquela faxina.
     E ainda transformamos o domingo (etimologicamente dominus = Dia do Senhor) em um "meio dia para o Senhor e o resto pra a casa, para adiantar os trabalhos da escola e etc" e esse "etc" engloba muita coisa. Deixo claro desde já que não escrevi esse texto para criticar as pessoas que realizam uma atividade qualquer durante o fim de semana, o que eu quero é que essas pessoas entendam que elas já correm para resolverem seus problemas durante cinco dias da semana e que não vão morrer caso reservem para sí alguma paz em ao menos um dos outros dois dias.
     No que diz respeito a não trabalhar no sábado, os judeus possuem minha admiração, eles realmente levam essa história a sério para eles "o sábado serve para recordar que a necessidade de ganhar a vida não deve nos tornar cegos ante a necessidade de viver" o que é uma filosofia que os cristãos poderiam muito bem aplicar aos domingos. Fazem alguns meses que eu venho observando meu próprio comportamento em relação ao sábado. Um dia que eu já começo a esperar no domingo a noite, mas para o qual eu não dou valor quando vivo. Acho que posso me comparar com um professor que após meses esperando pela estréia de um filme no cinema acaba passando a sessão inteira dando bronca nos jovens sentados no fundo e ao final da exibição nada viu senão o trailer.
     No meu caso o trailer do sábado consiste em não precisar acordar cedo. Algo que para algumas pessoas já é o ponto alto dos fins de semana, mas que para mim não é tão atrativo já que considero o ato de dormir uma grande perda de tempo e que se eu fosse capaz de ter qualidade de vida e saúde sem dormir nunca (o que eu não tenho) eu passaria o resto da minha vida em claro. Mas, mais do que acordar tarde, acho que o que realmente faz bem é o fato de ter opção: se é segunda-feira de manhã e está chovendo eu sei que o trânsito estará mais parado do que uma corrida de caramujo, então sou obrigado a sair da cama rápido e me arrumar o quanto antes, pos tenho o COMPROMISSO de estar no trabalho no horário. Se é sábado de manhã e eu não tenho compromisso nenhum, mas eu ESCOLHO sair da cama para poder aproveitar mais horas do dia, eu vou fazer aquilo com muito mais disposição, mesmo que tenha levantado no mesmo horário que na segunda.
     Jesus não criticou o habito dos judeus de guardar o sábado, o que ele criticou foi que a tradição de guardar o sábado como dia do Senhor se sobrepusesse ao ato de ver ao Senhor no outro. Que a hipocrisia impedisse um homem paraplégico de carregar sua cama quando Deus havia permitido que ele o fizesse e que o ato de fazer algo no sábado imprecionasse mais que um paraplégico andando. Não estou sugerindo que você largue seu emprego que te faz trabalhar no fim de semana ou que não pegue elevadores nesses dias porque apertar os botões é considerado um trabalho. O que eu estou sugerindo é que você viva esses dias com intensidade.
     Você tem uma família com quem passa pouco tempo durante a semana, filhos que ficam em creches, você tem livros que comprou e não leu ainda, você tem filmes que não vê a muito tempo, uma bicicleta enferrujando no quintal ou naquele quartinho da bagunça, você tem um violão que não tira da capa a anos? Deixe de ter! Que tal usar esse dia de descanso para reunir os amigos? Desde que você não passe o tempo todo na cozinha enquanto eles conversam na sala, óbvio, uma opção é por todos para cozinharem ou pedir pronto, mais uma vez, o povo que trabalha no fim de semana nos salvando. O fato é que nós temos cinco dias para trabalhar e dois para o descanso, já estamos em desvantagem, não precisamos nos sabotar ainda mais.
     Um adeno para finalizar, o trabalho para o Senhor é lindo, é ótimo que se tenha um ministério, uma missão ou pastoral para servir e se o sábado e o domingo são os únicos dias em que você pode se doar, se doe, mas encontre nessas 48 horas, ao menos duas para você e não esqueça "Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da Criação"(Gênesis 2.3). Mas, essa foi apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos.

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Fontes:

http://tryte.com.br/colecaojudaismo/livro1/l1cap26.php

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2013/01/21/por-que-a-igreja-guarda-o-domingo-e-nao-o-sabado/

sábado, 29 de agosto de 2015

A Caixa do Nada

     Há cerca de 16 anos minha mãe me levou para um exame de audiometria, porque segundo as reclamações dela, eram frequentes as vezes em que ela me chamava mais de uma vez sem que eu expressasse qualquer tipo de reação. Normalmente ela escolhia me chamar na hora dos desenhos na TV.
     Na ocasião do exame fui instruído a tocar os fones em meus ouvidos cada vez que escutasse um som, eu escutei todos os sons e inclusive o que falavam com minha mãe do outro lado do vidro, mas achei que seria uma boa ideia disfarçar e fingir não escutar alguns, assim minha mãe não acharia que me levou ao médico à toa e teria uma explicação para o que a incomodava. Felizmente eu disfarçava mal e não fiz nenhum tipo de tratamento desnecessário para o problema de audição que eu nunca tive. Entretanto o martírio da minha mãe continuou, ela gritava meu nome três, às vezes cinco vezes dentro de casa sem que eu nem sequer piscasse. Com o tempo, cheguei à conclusão de que eu era distraído.
     Hoje, sei que a resposta era bem mais simples, eu sou HOMEM. A mente do homem se assemelha a uma planilha de excel ou um gráfico, ela tem divisões catalogadas por assuntos, o que o torna simples de entender, mas não facilita muito a convivência com as mulheres. A hora de ver desenhos é a hora de ver desenhos, nesse momento o mundo ao redor deixa de existir, não importa se a casa está pegando fogo ou sendo inundada. Quando ele está com fome ele procura o que comer, come e vai para a próxima atividade, quando ele está com sono ele arruma a cama e se deita, UMA coisa de cada vez e cada coisa em sua hora.
     As mulheres têm dificuldade de compreender essa "limitação" masculina pois suas mentes lembram uma imagem de "Onde está Wally" ou um quebra-cabeças onde todas as peças se encaixam. Essa característica se reflete principalmente na forma como as mulheres se comunicam, elas podem estar falando sobre abacate, daí no meio da frase exclamarem um "falando nisso", e começarem a falar sobre cães, outra mulher vai apenas seguir o fluxo do assunto, um homem vai entrar em curto, pois para ele os dois assuntos não possuem ligação alguma, eles estão em abas completamente alheias da planilha, essa aleatoriedade nos faz perder o chão. Ao contrário dos homens as mulheres são multifacetadas, elas acordam com fome, mas enquanto preparam o café da manhã colocam o feijão na pressão, lavam roupa e varrem o quintal, quando ela fica com sono ela vai de cômodo em cômodo da casa verificando se tem algo errado, se a porta da frente está bem trancada, se tem um pano debaixo da porta impedindo os bichos de entrarem, se a comida está na geladeira e se tudo que vão precisar no dia seguinte já está perfeitamente arrumado, daí quando elas finalmente se deitam, não conseguem dormir com o sentimento de terem esquecido algo. Mentes complexas.
      O Pr. Claudio Duarte compara essas subdivisões do cérebro do homem com caixas e chama atenção para uma em especial, onde os homens costumam investir bastante tempo: "a caixa do nada". Esse é o lugar para onde a mente dos homens vai quando eles não estão pensando em nada. Se você não for homem não vai entender muito bem, mas quando você estiver falando com um homem e perceber que ele está imóvel, com o olhar vidrado em um ponto fixo e conseguir tirá-lo desse estado de transe perguntando "o que você está pensando" e ele responder, "nada", você já sabe onde ele estava. Muitas mulheres se preocupam com isso, pois no vocabulário feminino o "nada", significa: "algo que você vai descobrir na hora certa", "algo que você deveria saber", " algo que você vai se arrepender se perguntar de novo", enfim, "nada" é "algo". Mas, quando um homem diz "nada", ele REALMENTE quer dizer "nada". No máximo um "nada verdadeiramente relevante".
     Como eu disse anteriormente, a mente dos homens é como uma planilha de excel, só que o Windows é 96 e o processador não é dos melhores, então a caixa do nada é como uma área de transferência, um local onde as idéias se organizam quando existe uma brecha de tempo ou enquanto outra atividade mais simples está sendo exercida, tal como ver TV. O momento de fazer o n° 2 é um convite à caixa do nada, dirigir (seja um avião ou bicicleta), lavar louça, etc. Não recomendo entrar lá enquanto estiver cozinhando ou cortando o cabelo, já tive experiências desagradáveis nessas situações. O motivo pelo qual as mulheres nos acham retardados por ficarmos vários minutos olhando para o nada é que quando elas precisam organizar as idéias, elas falam. Falam com a mãe, com a tia, com as amigas, com as vizinhas, com estranhos, em casos mais extremos podem até falar sozinhas. Não importa, elas precisam despejar todo aquele fluxo mental que nós apenas observamos como fiscais da Matrix.
     Já ouvi muitos homens dizendo que não conseguem compreender as mulheres, e vice versa. Digo que não compreendo como a gravidade sempre puxa as coisas para baixo, mas isso nunca me impediu de cair ou de ficar preso ao chão. Eu sugiro que usem a mesma lógica dos jogos de videogame: não busque entender seu "adversário", apenas observe os padrões de comportamento e se adapte a situação para passar de nível. Depois de alguma convivência entre o casal, um sabe o que irrita ou alegra o outro, sabe identificar o significado de cada olhar ou som emitido e assim como nos jogos, aprende quando deve recuar, esperar ou avançar. Obviamente, os homens jogam no nível hard, que tem uma chefona chamada TPM, todo mês, um período no qual nem as próprias mulheres são capazes de prever seus movimentos, mas nós sobrevivemos com os macetes certos.
     Homens e mulheres são muito diferentes e essas diferenças tornam o convívio entre ambos um tanto quanto complexo. É necessário usar de alteridade para que esse relacionamento seja aprazível. Mas se eu e você estamos aqui hoje é porque a união entre esses dois opostos é perfeitamente possível e pode, inclusive, dar bons frutos. Mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos

Links relacionados:

Pastor Cláudio Duarte - O Homem e a caixa do nada (http://m.youtube.com/watch?v=y_--xIGflt8)

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Transmimento de Conheceção pela Lonjura.


     No século passado as cartas dominavam, elas traziam as boas e más notícias, comunicavam sobre casamentos, nascimentos e batizados. Elas avisavam sobre os filhos que estavam voltando e sobre aqueles que não voltariam jamais, muitos conhecimentos eram transmitidos através das cartas, a partir do ano de 1950 se chegou ao ponto de oferecerem cursos por correspondência.
      Eu que nasci na década de noventa, enviei algumas cartas, e via sempre os folhetos que ofereciam cursos como corte e costura, música, eletricista, mecânico, bombeiro hidráulico, fotógrafo, entre outros. Sempre achei aquilo interessante, mas nunca levei muito a sério, mesmo com minha tenra idade, não achava seguro depender da eficiência dos correios para receber algo pelo que eu paguei. Talvez eu me sentisse mais seguro comprando o método na banca de jornal. As experiências que tive com compras a distância posteriormente vieram a confirmar todos os meus medos.
     A partir dos anos 2000 comecei a ouvir um rumor sobre algo chamado internet, seja lá o que fosse, estaria longe da minha realidade até que alguns anos depois minha pequena escola municipal no alto do Morro do Céu recebesse um laboratório de informática. A professora nos ensinou a ligar e desligar a máquina, o nome dos periféricos de entrada e saída e nos pôs em duplas para jogar uns joguinhos educativos que "ensinavam" matemática. Em 2004 eu viria a fazer meu primeiro curso de informática, foi quando fiz meu primeiro e-mail, que foi pelo hotmail, o que me concedia acesso ao MSN, não que eu tivesse com quem conversar na época, mas eu tinha MSN, isso era status. Dois anos depois eu faria minha conta no Orkut e sem nunca ter tocado uma câmera digital, pediria a uma amiga para tirar minha foto e postar no próprio mural para que eu pudesse copiar e usar como perfil, espero que isso não tenha causado problemas para ela.
     Hoje as coisas são diferentes, crianças de três anos tem acesso ã internet, estudantes deixam de entregar trabalhos no colégio alegando que ficaram sem internet, cada suspiro que damos é publicado. Conheço jovens de 15 anos que acreditam que a única função dos correios seja entregar contas. E o ensino a distância continua, mas agora utilizando essa ferramenta. É possível inclusive cursar uma faculdade on-line. Mas, será que esse é um método confiável? Será que esse curso tem a mesma qualidade de um presencial? Um certificado de conclusão de um curso a distância teria o mesmo valor que o certificado do presencial para o mercado de trabalho?
     Apesar do que muitos pensam, o ensino via internet requer dedicação igual ou superior à necessária para os cursos presenciais. Para administrar o ritmo dos cursos on-line o aluno precisa ter um sentido de organização e de administração de tempo bastante apurado, afinal, neste sistema ele é quem decide o quê, quando e como estudar. Tornando, portanto, esse método de ensino inviável para quem não possui auto disciplina ou foco. Entretanto, existem pessoas a quem ele tem aberto as portas do ensino superior de uma forma que ainda não tínhamos visto no país. São donas de casa, aposentados, portadores de necessidades especiais, trabalhadores por escala, pessoas que já tinham deixado de lado o sonho do ensino superior, mas agora correm atrás do prejuízo.
     Um dos grandes tabus sobre a validade do ensino a distância é a ausência do convívio social com outros alunos e a troca de experiências, as quais, segundo muitos professores e universitários, são responsáveis por desenvolverem nos alunos uma bagagem que é impossível estando apenas com um tutor no chat da plataforma universitária. Nas se você pensar bem, vivemos na hera da conectividade, ninguém no nosso planeta está longe de mais, desde que tenha uma boa conexão. Se pessoas se conhecem, namoram e casam pela internet, não seria a distância que os impediria de trocar suas experiências e conhecimentos na faculdade on-line. Sem contar que vários cursos oferecem tutorias presenciais afim de promover interação dos alunos e existe ainda a possibilidade de se criar grupos de estudos independentes para uma ou várias matérias.
     Ainda existem muitos desafios, a qualidade e preço da internet no Brasil, o layout confuso que algumas faculdades oferecem aos seus alunos on-line, materiais didáticos pouco aprofundados, dificuldades culturais em relação a procura de conteúdo por conta própria, que é uma parte primordial desse ensino onde você não tem um professor cobrando e "ameaçando", mas sinceramente, o maior obstáculo é a falta de motivação. O sentimento de ser um peixe fora dágua ou intruso é o que faz com que pessoas desistam de seus sonhos e se conformem com a calmaria da mesmice temendo as tempestades da mudança.
     Para essas pessoas um recado. Se você nunca viver seu sonho, ele será apenas um sonho, mas no dia em que você olhar para trás e perceber que era possível, que não era tarde demais, você vai ganhar um belo vazio no peito, e aquele sonho se tornará um fantasma que vai te seguir até o fim dos seus dias, todos os dias pessoas superam adversidades muito maiores que as suas, se você quiser algo o suficiente para se sacrificar por isso, você será capaz, se você pode fazer uma faculdade presencial, faça, se você só pode fazer uma faculdade a distância, faça essa, só não fique parado esperando o tempo passar, mas essa é apenas a Minha Humilde Opinião.

Ass: Bruno Santos.

Fontes:

http://www.ead.com.br/ead/educacao-a-distancia-para-deficientes-conheca-seus-pros-e-contras.html

http://noticias.universia.pt/educacao/noticia/2015/05/08/1124716/descubra-pros-contras-educaco-online.html

sábado, 15 de agosto de 2015

Preconceito vestuário.

     -Mulher jovem usando terninho azul marinho com aparência de uniforme, cabelo preso em um rabo de cavalo e bolsa de tamanho médio, saindo da estação das barcas: recepcionista que trabalho no Rio.
     -Moça com saia longa e estampa indiana, camiseta preta lisa, enorme bolsa de pano, cabelos secos e com bastante frizz, três dreadlocks pendendo na parte de trás, passando em frente as barcas e indo para a direita: estudante da área de humanas da UFF a caminho do terminal.
     -Adolescente com boné de aba reta, camisa pólo listrada, bermuda tactel e sandália Kenner indo na direção do terminal: está indo para São Gonçalo.
     -Casal. Ambos bem vestidos, de mãos dadas conversando animadamente. As 19h, passando em frente ao bicicletário das barcas no sentido BayMarket: saíram do trabalho e se encontraram para irem ao cinema.
     -Homem adulto, barba mal feita e roupas sujas, sentado no chão ao lado de um pedaço de tecido cheio de peças de artesanato. A quinze metros de distância percebo que ele aborda os transeuntes que passam os olhos pelo tecido ou qualquer um que passe a menos de três metros. Contornar para passar a sete metros.
     Bem, agora você sabe o que acontece na minha cabeça enquanto eu estou andando na rua, ou ao menos tem uma ideia. As coisas são mais rápidas, a resposta precisa ser imediata. São pessoas distribuindo panfletos, fazendo pesquisas, oferecendo cursos, vendendo doces, conversando distraídas carregando bolsas enormes, tem os tipos suspeitos e os que ME olham como se eu fosse um tipo suspeito. Tudo exige atenção.
      Sou um tanto quanto metódico analisando as pessoas, chamam isso de pré-conceito, mas todos nós fazemos suposições diante de algumas circunstâncias e como todos, as vezes acerto, mas as vezes erro feio. Normalmente os erros são culpa da falta de senso das pessoas. Quando você vê um jovem com uniforme escolar imagina que ele está indo ou voltando do colégio, é um pensamento lógico. Quando você vê alguém passando com um capacete próprio para motocicletas na mão, você imagina que essa pessoa tem uma moto, nada de estranho nisso. Ver alguém passando com um violão na mão confere automaticamente a pessoa o título de músico, e com o resto da roupa identificamos o estilo musical do mesmo, se é pagode, roque ou gospel. Bem, já ví jovens uniformizados curtindo uma praia em horário escolar, já ví uma moça pegar ônibus com um capacete de moto debaixo do braço e eu mesmo já andei por ai com um violão debaixo do braço sem saber tocar nem uma unica nota. Ou seja, nem todo pré-conceito se autocumpre. E como já dito anteriormente: as vezes eu erro feio!
     Ultimamente quem mais tem me feito errar são as mulheres que usam roupa de ginástica, EM QUALQUER LUGAR. Confesso que isso me irrita um pouco, vou no supermercado, tem mulher com roupa de malhar, passo por uma faculdade de direito, tem mulher com roupa de malhar, vou no cinema... acho que deu pra entender. Tudo na vida tem uma hora e local apropriado, nisso, se enclui a escolha dos tipos de roupas que se veste para determinadas ocasiões. Não se deve ir para a igreja com roupas decotadas ou transparentes, isso tira o foco do centro da celebração e pode levar outros a pecar, não se vai para a praia de terno e gravata e nem de bermuda tactel para um casamento.
     A forma como uma pessoa se veste não define a natureza dela, mas reflete o tipo de escolhas que ela fez na vida, vivemos tempos complexos, mais do que nunca, não sabemos quem é quem de verdade, suas roupas podem ser o único recurso que alguém vai ter a disposição para decidir te ajudar ou não, te pedir ajuda ou não, querer estar contigo ou não. Sei que parece hipocrisia se vestir pensando no que os outros vão pensar, mas se o que os outros pensam não fosse um problema poderíamos todos andar nús, os índios fizeram isso por centenas de anos e não tiveram problemas com isso, mas os portugueses tinham! Os outros ditam muitas regras em nossa vida, mesmo que não percebamos. Se você se sente confortável da forma como se veste, se as pessoas que te vêem tem uma noção real daquilo que você é, então você está bem vestido(a), mas isso é apenas a Minha Humilde Opinião.

ASS: Bruno Santos