segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Um CURSO à Sua Vida.

     Então, chegamos nessa época do ano cheios de expectativas. E não estou falando isso por conta das estréias no cinema ou pelo processo de impeachment da presidenta Dilma, a “descobridora” da Mulher Sapiens.
    Essa expectativa vem dos estudantes que consideram essa a melhor parte do ano, que é quando eles não precisam mais estudar, porque o ENEM já passou, e ainda não precisam estar estudando as disciplinas específicas de suas respectivas faculdades, já que ainda não foram aprovados em nenhuma. Esse é o tempo de rever os amigos que acharam que você tinha sido abduzido. De colocar o bronzeado em dia ou por as séries e desenhos em dia, ai varia de caso para caso. Tempo de tirar o pó daquele livro que você comprou sabendo que não iria começar tão cedo por ter pilhas de apostilas, propostas de redações e provas antigas para ler.
    Mas, além disso tudo, esse é o tempo para pensar: O que diabos eu vou fazer depois que passar pra faculdade? Sim amigos, se você achou sacrificante seu esforço para conseguir uma vaga, se prepare para a luta diária que será mantê-la. Entretanto, esse texto não é sobre as dificuldades da vida de um universitário, esse texto é sobre escolhas que poderão mudar o ruma da sua vida. Para melhor ou pior: te fazer ser rico e bem sucedido (tendo em mente que estas duas são coisas diferentes e não necessariamente fazem parte do mesmo pacote) ou te causar frustração e arrependimento (o que não significa que você não irá ganhar dinheiro ou ser bem sucedido).
    Quando você pensa no curso que pretende fazer, você leva em conta quais serão seus ganhos monetários ou o quão realizado pessoalmente você se sentirá por exercer essa profissão? Percebo que as pessoas passam mais tempo tentando ficar ricas que tentando ser felizes, quando na verdade existem centenas de ricos por ai que não são felizes e enfrentam relacionamentos vazios e amizades condicionadas ao status. Percebo pessoas adiando seus sonhos e desejos, sempre se colocando em segundo plano ao invés de serem protagonistas de suas histórias.
    Se deixam levar pelo que dizem as pesquisas sobre as profissões em alta no mercado sem se darem conta que são as pessoas que criam o mercado e que elas são altamente imprevisíveis. Quem poderia imaginar que uma "paleta mexicana" pudesse ser um negócio tão bom? E as "Açaiterias" que brotam por todo canto? Quem diria que uma ideia tão simples pudesse dar tanto retorno? E quem um dia imaginou que gravar e postar vídeos no YouTube poderia ser uma profissão? Uma ideia boa, empenho e dedicação fazem pessoas que só cursaram o primário arrecadarem fortunas que apenas serão administradas por pessoas que estavam na faculdade sonhando com a própria riqueza.
    Não que isso seja uma regra. Mas, nos faz pensar: será que não vale mais a pena correr atrás de um(a) sonho/ideia do que passar anos cursando uma faculdade que "dá dinheiro" para no fim das contas ter um emprego no qual vai ter um chefe te dizendo o que fazer? Levando em conta que não necessariamente este chefe será alguém mais instruído que você, podendo ser simplesmente alguém que está lá a mais tempo e por isso ganhou a confiança da empresa/orgão/ organização/instituição.

"Escolha um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida." Confúcio

    Enfim, o que eu quis te mostrar nesse pequeno texto é que você deve escolher seu curso, não pelo quanto você quer ganhar, mas sim pelo quão feliz você deseja ser. Se você se sente feliz fazendo poesia e é bom nisso, investir nessa carreira pode te trazer retorno financeiro. Se você é um bom contador de piadas pode fazer isso profissionalmente e ganhar bem por isso. Se você odeia ver sangue, usar gravata ou fazer contas não deve ser médico, advogado ou engenheiro só para satisfazer seus pais, eles já tem as próprias frustrações. Sonhe alto, acredite em você e lembre que toda essa baboseira aqui encima é apenas a Minha Humilde Opinião. Se você não voltar mais por aqui Feliz Natal, Próspero Ano Novo e que a Força esteja com você!

Ass: Bruno Santos

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Um comentário:

  1. Apesar de todos os problemas que assolam a categoria, em especial a desvalorização social, escolhi o curso de Pedagogia por acreditar no poder transformador e libertador da educação. Posso dizer que amo sim o que faço e sou muito feliz e realizada dentro da sala de aula. Meu processo de formação e minha prática não estão me formando apenas profissionalmente, mas de maneira pessoal também. Nas escolas, além de conviver com outros profissionais tão queridos, tenho as melhores companhias possíveis: as crianças, que me ensinam muito, diariamente. São muitos os desafios e o desgaste, mas os questionamentos, a bagunça, a inocência e a alegria que irradia de cada um deles faz valer a pena. Junto com a certeza que, mesmo minimamente, estou fazendo a diferença na vida desses pequenos. Acredito que quando conseguimos aplicar o aprendizado do trabalho na nossa vida pessoal e vice versa, é um sinal de que estamos bem com aquela atividade que desempenhamos. Para mim a felicidade não tem preço, portanto, opto primeiramente por aquilo que me faz feliz. Não aceitaria um salário miserável para lecionar, claro, mas também não acharia justo comigo me formar em uma área só por dinheiro e status. Felizmente ainda existem escolas maravilhosas que respeitam e valorizam o Magistério <3

    Ótimo texto!! Devemos refletir muito sobre esta questão, que leva à muitas outras.. O que nos move, afinal ?

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Estou aberto a criticas construtivas e informações novas (ou não) que queiram dividir. Mas, lembre que mesmo na internet somos responsáveis pelo que falamos.